Cairo, 22 ago (EFE).- A rede televisiva "Al Arabiya", dos
Emirados Árabes, afirmou que foi feito o pagamento de um resgate de
um valor entre cinco e dez milhões de euros pela suposta libertação
dos reféns espanhóis Albert Vilalta e Roque Pascual, sequestrados
pela Al Qaeda em novembro e cuja libertação foi negada pela Espanha.
Em conexão ao vivo, o correspondente da emissora em Nuakchott
assinalou que a libertação foi conseguida, além disso, graças à
recente extradição a Mali de Omar Uld Sid'Ahmed Uld Hame, mais
conhecido como Omar Saharaui, condenado a 12 anos de prisão na
Mauritânia por participação no sequestro.
O correspondente da Al Arabiya, que identificou suas fontes,
acrescentou que o resgate foi definido em um acordo conseguido entre
diferentes países africanos.
A Al Arabiya publicou as informações mesmo depois de o Governo da
Espanha ter garantido que a libertação dos voluntários ainda não
aconteceu, assinalaram à agência Efe fontes do Executivo.
As mesmas fontes pediram responsabilidade e discrição perante as
informações de diferentes veículos de comunicação árabes, que
garantem que Vilalta e Pascual foram libertados pela Al Qaeda no
Magrebe Islâmico (AQMI).
Por outro lado, o jornalista da Al Arabiya destacou, também, que
o mediador mais importante no assunto do sequestro chegou ao bastião
da Al Qaeda no norte de Mal no último sábado.
Antes, a própria rede televisiva e a agência mauritana "Sahara
Media" tinham anunciado a libertação dos reféns.
Segundo fontes do norte de Mali disseram ao site da agência, os
dois reféns "ainda estão em Mali, à espera de procedimentos para
retorno a Madri através de um mediador", cuja identidade não foi
mencionada.
Vilalta e Pascual foram sequestrados junto a Alicia Gámez
(libertada em março) no dia 29 de novembro do ano passado na estrada
que liga Nuadibu (norte da Mauritânia) a Nuakchott, quando viajavam
na caravana humanitária Barcelona Acció Solidaria.
Os quase nove meses de cativeiro, provavelmente no deserto do
norte de Mali, representam o sequestro mais longo realizada pela
AQMI, que reivindicou a ação em comunicado. EFE