Locomotiva alemã impulsiona recuperação europeia no 2º trimestre

Publicado 13.08.2010, 10:04

Bruxelas, 13 ago (EFE).- A "vertiginosa" recuperação da economia alemã no segundo trimestre de 2010, que registrou o maior aumento do Produto Interno Bruto (PIB) desde a reunificação do país, em 1990, impulsionou a consolidação da economia europeia, cujo PIB teve aumento trimestral de 1%.

Esta expansão representa uma aceleração da recuperação econômica europeia com relação ao trimestre anterior, quando o PIB cresceu 0,2% no trimestre tanto na zona do euro quanto no conjunto da União Europeia constitui o quarto trimestre consecutivo no positivo, o que confirma a consolidação do crescimento no Velho Continente.

Em termos anualizados, o PIB ajustado estacionalmente subiu 1,7% na zona do euro e no conjunto da União Europeia, após expandir 0,6% e 0,5%, respectivamente, no trimestre anterior, pelo primeiro cálculo elaborado pelo Eurostat, o escritório de estatístico comunitário.

O resultado significa que a economia europeia se comportou melhor do que a dos Estados Unidos no segundo trimestre, um período no qual o PIB americano expandiu 0,6% com relação ao trimestre anterior e 3,2% em termos anualizados.

No primeiro trimestre de 2010 a economia americana tinha expandido 0,9% em comparação com os três meses anteriores e 2,4% em termos anualizados.

A Comissão Europeia evitou a complacência e lembrou que, embora o dado "confirme que a recuperação está em andamento em ambas às regiões, ainda é frágil e há elementos de incerteza", segundo disse o porta-voz de Assuntos Econômicos e Monetários, Amadeu Altafaj.

O porta-voz destacou a importância que tem a decisão sobre a retirada dos estímulos econômicos contra a crise, para evitar "uma situação de estagnação nas próximas décadas", por sua vez "gradual e diferenciada por países para não atrapalhar a recuperação".

Assim, os "países com mais espaço fiscal podem permitir-se continuar com o estímulo em alguns setores de sua atividade econômica", enquanto outros como "Espanha, Portugal, Reino Unido, Grécia e Dinamarca" empreendem programas de ajuste orçamentário, detalha Altafaj.

Pelos dados divulgados hoje pelo Eurostat, as grandes economias da região aceleraram a saída da crise no segundo trimestre do ano e contribuíram à consolidação econômica da região, liderada pela Alemanha, cujo PIB cresceu 2,2% devido ao aumento dos investimentos e as exportações.

O Reino Unido colheu crescimento trimestral do PIB de 1,1%, contra 0,3% no trimestre anterior; a economia holandesa expandiu 0,9%, com relação a 0,5% do trimestre anterior. Na França, o PIB cresceu 0,6%, após anotar alta de 0,2% no período passado e, na Itália, este aumentou 0,4% tanto no primeiro trimestre quanto no segundo.

Na Espanha, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a economia teve crescimento pelo segundo trimestre consecutivo, ao registrar avanço de 0,2% com relação ao trimestre anterior, embora ainda acumule queda anualizada de 0,2%.

Entre os Estados-membros que enviaram seus dados ao Eurostat, as recuperações mais significativas foram registradas na Lituânia, onde o PIB teve incremento de 2,9%

intertrimestral no segundo trimestre; na Estônia, alta de 2%; assim como na Eslováquia e Suécia, com ascensões de 1,2%.

No outro extremo, só ficou a Grécia, onde a recessão agravou a queda trimestral do PIB de 1,5%, devido às medidas de consolidação fiscal iniciadas para evitar a quebra do país. EFE

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