São Paulo, 8 mai (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
disse hoje que a Europa "demorou demais" em discutir o apoio
financeiro à Grécia, que na sua opinião estava "em tratamento
intensivo há muito tempo e precisava de um médico".
Segundo Lula, "já em 2008 a Grécia estava com problemas sérios"
e, mesmo assim, não foram adotadas medidas de ajuda como as que se
debatem agora, uma vez que "a crise explodiu".
O líder brasileiro disse aos jornalistas que "é necessário" que o
mundo entenda que "cuidar do sistema financeiro" é impedir que "a
especulação tome conta de tudo".
Após participar da abertura de uma campanha de vacinação para
idosos, Lula ratificou que o Brasil fornecerá US$ 286 milhões ao
Fundo Monetário Internacional (FMI) para colaborar com os esforços
financeiros para conter a crise da Grécia.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, antecipou que o dinheiro
"sairá das reservas internacionais do país", que atualmente são de
US$ 200 bilhões.
Lula sustentou que o Brasil "está em uma situação muito boa" do
ponto de vista econômico e "está em condições de ajudar ao FMI, à
Grécia e, além disso, aos países mais pobres". EFE