Roma, 18 mar (EFE).- Malta rejeitou servir de base militar para a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia, declarou nesta sexta-feira o primeiro-ministro maltês, Lawrence Gonzi, segundo o jornal "Times of Malta".
Gonzi afirmou que a prioridade de seu Governo é a segurança do país, que fica de frente para o litoral líbio, e a de seus cidadãos, e que as decisões adotadas estão baseadas nestas considerações.
"Há três semanas o país deu sua contribuição para a evacuação de trabalhadores da Líbia, cerca de 16 mil pessoas de quase 100 nacionalidades deixaram a Líbia rumo a Malta antes de seguir caminho para suas casas", disse o primeiro-ministro
"Malta também trabalhou com outros países na evacuação de trabalhadores presos na fronteira da Líbia com a Tunísia".
"Malta observará suas obrigações, mas não será usada como base militar para reforçar a zona de exclusão aérea", acrescentou, ao mesmo tempo em que assegurou que espera que este reforço não seja necessário, já que o líder líbio, Muammar Kadafi, anunciou um cessar-fogo.
Acrescentou que o primeiro-ministro da Líbia, Al-Baghdadi al-Mahmudi, telefonou para dizer que o cessar-fogo tinha sido declarado e ele contestou dizendo que, para ser crível, "o Governo líbio precisa retirar todas as armas usadas contra o povo". EFE