Washington, 6 mai (EFE).- A mancha de petróleo no Golfo do México
chegou hoje pela primeira vez à costa do estado americano da
Louisiana ao atingir as águas das Ilhas Chandeleur, confirmaram
fontes da Guarda Costeira dos Estados Unidos.
As primeiras porções de petróleo foram detectadas nas praias da
Ilha Freemason, no extremo sul das Ilhas Chandeleur, segundo o
Comando Unificado, a coalizão formada pela Guarda Costeira, British
Petroleum (BP) e autoridades federais e estaduais dos EUA que
trabalham para conter o óleo.
"Essa é a primeira confirmação recebida pelo Comando Unificado de
que o petróleo tocou a costa", disse à imprensa Connie Terrell,
suboficial da Guarda Costeira.
David Mosley, outro porta-voz da Guarda Costeira, afirmou que se
trata de uma camada fina e acrescentou que o manto grosso de
petróleo está a cerca de 16 quilômetros do litoral.
A Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla
em inglês) sustenta que o petróleo poderia chegar à costa dos
estados de Alabama e Flórida em dois ou três dias.
A BP, por sua vez, iniciou hoje os preparativos para instalar uma
enorme estrutura de aço acima dos pontos de vazamento de petróleo no
alto-mar do Golfo do México, onde cerca de 800 mil litros de óleo
vazam diariamente no Oceano.
A estrutura tem um encanamento na parte superior através do qual
se bombearia o petróleo em direção a um navio na superfície, com
capacidade para acumular até 128 mil de barris de petróleo (20,4
milhões de litros).
Caso funcione o sistema, a estrutura poderia recolher até 85% do
minério em vazamento, segundo a BP.
A estrutura retangular branca de pouco mais de 12 metros de
altura será instalada a 1,5 mil metros de profundidade com a ajuda
de um guindaste e um robô submarino comandado por controle remoto.
A estrutura chegou hoje à área do vazamento após uma lenta
travessia iniciada na noite passada no litoral da Louisiana e
terminou esta manhã a 80 quilômetros em alto-mar.
O vazamento de petróleo no Golfo do México é decorrente da
explosão de uma plataforma petrolífera ocorrida em 20 de abril, que
deixou 11 trabalhadores mortos, e que afundou dois dias depois. EFE