Madri, 15 abr (EFE).- O Conselho Europeu para os Refugiados e
Exilados (Ecre) pediu aos ministros responsáveis pela imigração na
União Europeia, reunidos na cidade de Zaragoza na Espanha, que não
desperdicem o talento dos refugiados e imigrantes que buscam asilo e
facilitem sua participação no mercado de trabalho.
Em um manifesto assinado pela Comissão Espanhola de Ajuda ao
Refugiado (CEAR), o Ecre se dirigiu à IV Conferência Ministerial
Europeia sobre Integração da imigração, convocada pela Presidência
espanhola da UE.
Segundo o Ecre os ministros europeus devem levar em conta que o
direito ao trabalho das pessoas que fugiram de perseguições e
violência e solicitaram asilo é limitado de maneira estrita em
muitos países.
"Isto coloca estas pessoas em uma posição de vulnerabilidade
perante o risco de serem exploradas como mão-de-obra barata e cria
dificuldades adicionais para refazer suas vidas", acrescenta.
Além disso, negar o direito ao trabalho aos solicitantes de asilo
implica também um não-aproveitamento de suas aptidões o que é
altamente prejudicial para as economias europeias.
Os Governos da UE e o Parlamento Europeu têm a oportunidade, diz
o manifesto, de adotar normas que facilitem o acesso ao direito ao
trabalho para as pessoas que estão esperando uma resposta para sua
solicitação de asilo.
O secretário-geral do Ecre, Bjarte Vandvik, afirma que é difícil
compreender por que os Governos parecem mais dispostos a obrigar
trabalhadores capacitados e motivados a depender de prestações
sociais do que lhes permitir trabalhar para se manter e pagar
impostos. EFE