Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas consultados pelo Banco Central reduziram sua projeção para a inflação ao consumidor brasileiro deste ano, mostrou o boletim semanal Focus nesta segunda-feira, na esteira de uma leitura mais baixa do que o esperado do IPCA na semana passada.
Agora, o mercado espera alta de 4,75% dos preços ao consumidor em 2023, contra estimativa anterior de 4,86%.
Na semana passada, o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou a subir 0,26% em setembro, depois de alta de 0,23% em agosto. O resultado foi o mais elevado desde abril (+0,61%), mas ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,34%.
A projeção para a inflação de 2024 no Focus mais recente, por outro lado, ficou inalterada em 3,88%.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Ao mesmo tempo, a mediana das previsões na pesquisa continuou sendo de que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 2,92% em 2023 e 1,50% em 2024. As expectativas do mercado em torno do desempenho econômico do país têm melhorado ao longo dos últimos meses, depois de leituras surpreendentemente resilientes do PIB nos dois primeiros trimestres.
Também não houve mudanças em relação à percepção para a política monetária, com a taxa básica de juros Selic ainda calculada em 11,75% ao final de 2023 e em 9,00% em 2024.
(Por Luana Maria Benedito)