Berlim, 13 set (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta terça-feira que está "muito otimista" e tem certeza de que os países da zona do euro "encontrarão um caminho" para que a Grécia receba o segundo pacote de resgate.
A chefe do Governo alemão acrescentou na entrevista coletiva que seguiu sua reunião em Berlim com o primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, que os analistas do bloco de moeda única "estão trabalhando" para conseguir uma solução que satisfaça a todos.
Finlândia havia exigido de Atenas garantias adicionais para fazer sua contribuição ao segundo resgate grego, posição que gerou polêmica em outros países da zona do euro e atrasou sua aprovação parlamentar.
A chanceler sustentou que "a Grécia não vai quebrar", mas ressaltou que a recuperação da competitividade no conjunto da zona do euro e do saneamento das contas públicas é um processo "longo", "lento" e "trabalhoso".
Ela reconheceu que seu Governo contempla todas as opções possíveis quando estuda a situação financeira da Grécia e da zona do euro, e que uma eventual quebra helena teria "severas consequências" para todo o bloco econômico.
A este respeito, acrescentou que é "necessário" que seu gabinete tenha previstos todos os cenários, independentemente de sua opinião ou avaliação sobre eles, já sejam os eurobônus ou a possibilidade da moratória grega.
Em resposta a uma pergunta, Merkel descartou que nesta terça-feira vá publicar um documento pactuado entre França e Alemanha sobre a Grécia, embora reconheceu "frequentes" contatos com o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
Katainen apontou que Berlim e Helsinque compartilham "as mesmas ideias" em matéria de "política fiscal saudável", "competitividade", e a necessidade de afundar na integração econômica e financeira da zona do euro.
Além disso, se mostrou a favor de "regras mais estritas", um sistema de controle comunitário e "sanções" para aqueles países que "regularmente" descumpram os objetivos gerais da União Monetária e violem as normas comuns.
"Não há melhor palavra contra a falta de confiança que a ação. É preciso melhorar a competitividade e cumprir as normas", disse Katainen.
Finalmente reiterou sua chamada a ordem aos parceiros menores na coalizão governamental que dirige depois que vários de seus líderes alimentassem especulações sobre uma possível insolvência da Grécia e inclusive sua saída da zona do euro.
"Todos no Governo temos a mesma opinião", ressaltou taxativamente a chanceler. EFE