São Paulo, 14 fev (EFE).- O ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse nesta terça-feira em São Paulo que o Brasil tem uma história de sucesso e reconheceu que a Alemanha e a Europa subestimaram a América Latina.
"Tenho convicção de que a região foi subestimada", disse o chefe da diplomacia alemã durante a inauguração do Centro Alemão de Inovação e Ciência (DWIH), em São Paulo.
Westerwelle acrescentou que o país é "dinâmico" e afirmou que o Brasil e a Alemanha são "sócios naturais". Além disso, assegurou que ambos compartilham da mesma visão de "liberdade, dignidade do ser humano, estado de direito e democracia".
O ministro ressaltou a importância que tem para uma economia o capital humano ao dizer que "a matéria-prima de nossos tempos não está no subsolo, mas é a matéria-prima de nossas mentes".
Além disso, explicou que o Centro, que além de São Paulo também funciona em Nova York, Moscou e Tóquio, e está sendo construído em Nova Délhi e no Cairo, apoia a cooperação nos setores de educação, formação profissional, ciência e pesquisa.
O ministro lembrou ainda que São Paulo tem a maior concentração de indústrias alemães que investem em pesquisa fora do país europeu.
Já o diretor da Confederação de Câmaras de Indústria e Comércio Alemãs (DIHK), Martin Wansleben, disse que a cidade é uma "vitrine para o mundo".
O presidente da Câmara Brasil-Alemanha, Weber Porto, salientou que o Centro será um "catalisador da troca entre os dois países, não só entre instituições de pesquisa, mas também de pequenas e médias empresas".
Para Porto, a crise internacional tem impacto em todo o mundo, mas ressaltou a força do mercado interno brasileiro como um dos elementos que atenuam o impacto da recessão no país.
Após a inauguração do Centro Alemão de Inovação e Ciência, Westerwelle e a delegação alemã irão para o Rio de Janeiro, onde encerrarão sua viagem ao Brasil.
Nesta segunda-feira, o ministro se reuniu em Brasília como o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, num encontro que serviu de preparação para a visita que a presidente Dilma Rousseff fará à Alemanha em março. EFE