Paris, 22 ago (EFE).- O ministro de Defesa francês, Gérard Longuet, afirmou nesta segunda-feira que, embora os combates persistam em Trípoli, é possível considerar a queda do regime de Muammar Kadafi e que a conquista se deve à iniciativa do presidente Nicolas Sarkozy.
"Honestamente acho que foi um êxito da França", disse em entrevista à "RTL" na qual acrescentou que a mobilização dos opositores só foi possível porque a população estava protegida pela coalizão internacional e, em primeiro lugar, pelo exército francês.
Para Longuet, o presidente Sarkozy deixou bem claro desde o princípio sobre a necessidade de atuar, apesar das críticas, na mobilização contra o coronel líbio.
"Não sabemos exatamente onde está Kadafi. Sim, reconhecemos que há uma parcela de seu exército que segue resistindo, mas a situação mudou totalmente", acrescentou o ministro, sobre a ausência de apoios ao líder da Líbia na capital.
O representante francês disse também que o Tribunal Penal Internacional (TPI) é quem deveria decidir sobre a situação de Kadafi e seus colaboradores, e descartou a possibilidade de sua evasão perante a Justiça.
"Essa possibilidade teria sido possível há alguns meses, mas ele escolheu o combate", disse à emissora, afirmando que a atuação do TPI não substitui a decisão tomada pelos líbios.
Longuet considerou também que a intervenção internacional terminou e que para os militares franceses a proteção da área já não tem mais o mesmo sentido e explicou que mesmo que o quadro se agrave, tudo dependerá do que a Líbia pedir aos países-membros em termos de apoio. EFE