Londres, 14 mai (EFE).- Os ministros de Economia do G-7
(Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido)
mantiveram hoje uma teleconferência para avaliar os últimos eventos
nos mercados financeiros internacionais.
Fontes do Governo britânico confirmaram à Agência Efe que os
ministros conversaram para "conhecer os últimos dados sobre os
mercados financeiros", que hoje voltaram a sofrer perdas
generalizadas pela incerteza suscitada na zona do euro por causa da
crise grega.
O euro chegou hoje a seu nível mais baixo frente ao dólar nos
últimos 18 meses devido à preocupação que os grandes déficits
orçamentários seguem gerando.
A moeda chegou a custar US$ 1,2433, um valor que não era
registrado desde o mês de novembro de 2008.
O Reino Unido não pertence ao euro, mas seus mercados financeiros
também foram afetados nos últimos dias pelo temor gerado pela
possibilidade de contágio da crise grega e pelo alto déficit fiscal
do país, que se situará este ano nos 11,2% do Produto Interno Bruto,
percentagem superior a da Grécia.
No entanto, os mercados britânicos abençoaram o novo Governo de
coalizão entre conservadores e liberaldemocratas que prometeu uma
redução do gasto público no valor de 6 bilhões de libras.
Neste sentido, as fontes asseguraram que o ministro das Finanças
do Reino Unido, o conservador George Osborne, explicou a seus
colegas na teleconferência que "a prioridade do novo Governo são as
políticas de aceleração de redução do déficit".
A mesma postura será a que Osborne defenderá como garantia para
consolidar a recuperação econômica internacional na reunião que os
ministros de Economia e Finanças da União Europeia (Ecofin)
celebrarão na semana que vem em Bruxelas, e na dos ministros do G20,
dentro de três semanas na Coreia.
O G-7 acolheu recebeu na segunda-feira passada a decisão dos
ministros do Ecofin de mobilizar até 750 bilhões de euros para
escorar a estabilidade financeira, algo sem precedentes nos 11 anos
de história da união econômica e monetária.
O acordo do Ecofin se completou com intervenções extraordinárias
nos mercados de dívida e divisas por parte do Banco Central Europeu
e outros bancos centrais do G-7.
O G-7 assinalou que "estas medidas supuseram um forte
contribuição à estabilidade financeira" e que este grupo seguirá
trabalhando de maneira conjunta "para manter a estabilidade, a
recuperação e o crescimento econômico".
Os ministros destacaram também a importância da coordenação entre
os bancos centrais do G-7 para garantir uma boa provisão de reservas
de dólares nas economias europeias. EFE