Roma, 6 ago (EFE).- Os ministros de Finanças dos sete países mais industrializados do mundo, o Grupo dos Sete (G7), discutirão neste fim de semana, em uma conferência telefônica, a situação atual da crise da dívida, informaram neste sábado à Agência Efe fontes governamentais italianas.
A conferência dos ministros de Finanças dos Estados Unidos, França, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido e Itália representa uma etapa preparatória de uma próxima cúpula do G7 de Finanças, que em um princípio estava prevista para 9 e 10 de setembro em Marselha (França).
Segundo explicaram as mesmas fontes, por enquanto se desconhece se finalmente haverá uma reunião extraordinária de ministros de Finanças do G7 antes dessa data da cúpula.
Em entrevista coletiva na sexta-feira, em Roma, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, anunciou que tinha chegado a um acordo com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que ocupa a Presidência rotativa do Grupo dos Oito (G8, os sete países mais industrializados do mundo e a Rússia), para convocar uma cúpula de urgência do G7 de Finanças dentro de poucos dias.
"Junto com o presidente francês Sarkozy decidimos antecipar para dentro de poucos dias a convocação de um G7 de ministros de Finanças, talvez preparatório para um G8 de chefes de Estado e de Governo", indicou o líder italiano, que não precisou a data exata da reunião.
Mas estas declarações foram matizadas posteriormente pelo porta-voz do chefe do Governo italiano, Paolo Bonaiuti, que indicou em comunicado que a convocação desse G7 urgente se trata, por enquanto, de "uma reflexão ainda em curso e não de uma decisão já tomada".
A conferência telefônica dos ministros de Finanças do G7, à qual, segundo alguns meios de comunicação, se unirão também os governadores dos respectivos bancos centrais, ocorre inclusive depois que a agência Standard & Poor's (S&P) rebaixasse a qualificação da dívida soberana dos Estados Unidos de AAA para AA+.
Já na Europa, Itália, outro dos membros do G7 e terceira economia da zona do euro, se encontra no olho do furacão da pressão dos mercados, o que se traduziu na sexta-feira em um novo recorde de seu prêmio de risco desde a existência da moeda comum acima dos 400 pontos básicos, superando, pela primeira vez, à espanhola . EFE