Investing.com - O euro subia aos níveis mais altos em quase duas semanas frente ao dólar nesta terça-feira, impulsionado pelos comentários de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, deixando o dólar amplamente em baixa.
O par EUR/USD tinha alta de 0,65% e era negociado a 1,1254 às 07h48 (horário de Brasília), nível mais alto desde 14 de junho.
O euro se fortaleceu após Draghi afirmar que os fatores que pesavam na inflação eram em grande parte temporários, acrescentando que forças deflacionárias estão sendo substituídas por forças inflacionárias.
Draghi afirmou que o BCE vê crescimento acima da tendência e bem distribuído por toda a área de moeda única, mas reiterou que "um grau considerável" de estímulo é ainda necessário à zona do euro e que o BCE precisa ser "prudente" em como reduz esse estímulo.
O euro também estava mais alto frente ao iene e à libra, com o par EUR/GBP avançando 0,48% para 0,8831 e o par EUR/JPY subindo 0,58% para 125,78.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,49% para 96,62 com o peso do euro mais forte.
O dólar estava mais baixo frente ao iene, com o par USD/JPY recuando 0,12% para 111,75 enquanto investidores aguardam comentários de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, ainda neste dia.
Investidores esperavam para ver se Yellen manteria uma perspectiva positiva da economia norte-americana apesar do lote recente de relatórios econômicos fracos, o que sustentaria a projeção do Fed de mais um aumento dos juros este ano e outros três no ano que vem.
A fraqueza recente em dados econômicos levantou dúvidas sobre os planos do Fed endurecer a política monetária, com investidores agora esperando que o ritmo de endurecimento possa ser muito mais lento do que os decisores queriam.
A libra estava mais alta frente ao dólar, como par GBP/USD avançando 0,2% para 1,2748.
No início desta terça-feira, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) disse aos bancos britânicos que eles precisam reservar mais de 11 bilhões de libras em capital extra para cobrir perdas potenciais no caso de uma crise financeira.
Em seu relatório de estabilidade financeira, o BoE disse que os bancos devem reservar 0,5% de seus ativos como capital para cobrir possíveis perdas se a economia enfraquecer.
O BoE também afirmou que prossegue com seus planos de contingência para todos os resultados possíveis nas negociações do Brexit em curso, inclusive a possibilidade de que o Reino Unido saia da União Europeia sem um acordo fechado.