Investing.com - O dólar estava em alta moderada frente a outras importantes moedas nesta sexta-feira, já que investidores aguardavam um lote de dados norte-americanos ainda nessa sessão e com a expectativas de um iminente plano fiscal dos EUA continuando a dar sustentação.
A moeda dos EUA teve impulso após Donald Trump, presidente norte-americano, revelar na quarta-feira um plano solicitando menores alíquotas de impostos para empresas e pessoas físicas como parte de uma reformulação abrangente do código tributário norte-americano.
Entretanto, a proposta ainda enfrentará uma batalha árdua no Congresso, com o partido Republicano dividido em relação a ela e o partido Democrata contrário.
A percepção sobre o dólar norte-americano continuava com sustentação desde que Janet Yellen, presidente do Fed, pediu aumentos graduais em discurso realizado na terça-feira.
Participantes do mercado aguardavam a divulgação de relatórios dos EUA sobre gastos pessoais e confiança do consumidor ainda nesta sexta-feira na busca de mais indicações sobre a força da economia.
O par EUR/USD avançava 0,08% para 1,1797, ao passo que o par GBP/USD recuava 0,62% para 1,3359, reaproximando-se de 1,3344, mínima de duas semanas atingida na quinta-feira.
O Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido divulgou, nesta sexta-feira, que o PIB britânico aumentou 1,5% no segundo trimestre com base anual, uma queda a partir da estimativa prévia de 1,7%.
Em base trimestral, a economia do Reino Unido cresceu 0,3% nos três meses até junho, o que se alinha às expectativas dos analistas.
Outro relatório mostrou que o déficit em transações correntes do Reino Unido aumentou para 23,2 bilhões de libras no segundo trimestre a partir do valor já revisto de 22,3 bilhões de libras no primeiro trimestre de 2017. Analistas esperavam um déficit nas transações correntes de 15,8 bilhões no segundo trimestre.
A libra encontrava sustentação após David Davis, secretário britânico para o Brexit, ter afirmado na quinta-feira que "progresso considerável" havia sido feito nas negociações com a União Europeia.
Entretanto, Michel Barnier, negociador-chefe da União Europeia, alertou que a Grã-Bretanha está "meses" distante de conseguir negociar um acordo comercial futuro, com grandes divisões ainda existentes.
Enquanto isso, a percepção sobre o euro permanecia vulnerável pois a região espanhola da Catalunha planejava realizar um referendo sobre sua independência da Espanha no domingo, mesmo com o governo do país tendo declarado que a votação é ilegal.
Além disso, o iene estava mais baixo, com o par USD/JPY avançando 0,21% para 112,54, ao passo que o par USD/CHF avançava 0,09% para 0,9712.
O dólar australiano e o dólar neozelandês estavam mais fracos, com o par AUD/USD em baixa de 0,32%, negociado a 0,7830, e o par NZD/USD caindo 0,29% para 0,7216.
Enquanto isso, o par USD/CAD estava quase inalterado em 1,2435, próximo de 1,2519, máxima de três semanas atingida na sessão passada.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, tinha alta de 0,09% chegando a 93,03 às 06h20, ainda próximo de 93,50, pico de um mês atingido na quinta-feira.