Investing.com - O dólar estava misto após o início do pregão na Europa na terça-feira, quando foram divulgados dados econômicos que não conseguiram desencadear nenhum movimento dramático na cotação das principais moedas.
No mercado asiático, os índices de gerentes de compras da China ficaram um pouco abaixo das expectativas, no que os analistas chamam de evidências de fatores em andamento que retêm a economia, como a falta de um acordo comercial com os EUA e as ameaças às exportações de bens e serviços 5G de alto valor.
"Essas incertezas nos fazem acreditar fortemente que o governo chinês continuará com seu estímulo fiscal para apoiar os setores industriais por meio de estímulo à infraestrutura e fornecerá créditos suficientes a empresas privadas menores para mantê-los funcionando e, assim, estabilizar o mercado de trabalho", disse Iris Pang, analista do ING em um post no blog.
Os dados empurraram o yuan um pouco para baixo, junto com o dólar australiano e o dólar neozelandês.
Os dados chineses foram seguidos pela primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) francês no primeiro trimestre. Tal como acontece com os números dos EUA na semana passada, um número sólido de crescimento trimestral de 0,3% precisa ser visto como mais fraco devido à uma forte contribuição dos estoques, que normalmente seria revertida em trimestres sucessivos.
Houve menos ambiguidade no relatório de confiança do consumidor da Alemanha, onde o índice de GfK ficou inalterado em relação ao nível de março.
Já o crescimento do PIB da zona do euro subiu no primeiro trimestre acima do consenso 0,3% dos economistas consultados pela Reuters e de 0,2% do Banco Central Europeu. Foi uma recuperação com força ante a queda no segundo semestre de 2018.
A Eurostat, órgão de estatísticas da União Europeia, informou que a estimativa preliminar do PIB dos 19 países que adotam o euro como moeda cresceu 0,4% em relação ao último trimestre de 2018. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB cresceu 1,2%, mesmo ritmo do último trimestre de 2018.
A Eurostat também informou a taxa de desemprego da zona do euro. Houve uma queda em março em relação a fevereiro, de 7,8% para 7,7%, com 12,630 milhões de pessoas buscando emprego.
Às 9h51, o euro ficou em US$ 1,1225, estendendo uma recuperação modesta e pequena para uma baixa de dois anos na semana passada.
O índice do dólar, que mede a força da moeda em comparação com a cesta das seis principais divisas, ficou em 97,53, em torno de 0,33%.
A libra britânica também ficou um pouco mais alta, apesar de uma reportagem no jornal The Sun apontar que a primeira-ministra Theresa May está para enfrentar uma reunião de emergência de chefes de partidos locais em que ela provavelmente será convidada a se retirar. A reunião ocorrerá em junho, após as eleições para o Parlamento Europeu, nas quais os conservadores de May parecem estar propensos a sangrar o apoio ao recém-formado Partido Brexit.
Uma reunião de grande importância para o futuro do Brexit será feita ainda hoje pelo comitê executivo nacional do Partido Trabalhista de oposição, que deve decidir se inclui ou não um compromisso para um segundo referendo em seu manifesto para as eleições europeias, em meio a oposição do líder Jeremy Corbyn.