Investing.com – O dólar norte-americano atingiu altas de nove meses em relação às principais moedas mundiais hoje, após dados terem mostrado que o índice de custos salariais norte-americano subiu em um ritmo mais rápido desde setembro de 2008, no segundo trimestre.
O dólar somou-se a fortes ganhos recentes, após o Departamento de Trabalho ter informado que o índice de custos salariais aumentou 0,7% nos três meses até junho, após um aumento de 0,3% no primeiro trimestre. Os economistas haviam projetado um ganho de 0,5%.
Os salários aumentaram 0,6% no segundo trimestre, de acordo com o relatório.
Ao mesmo tempo, o Ministério do Trabalho dos EUA disse que a quantidade de pessoas que entraram com pedido de seguro desemprego no país na semana passada cresceu 23.000, para 302.000 em relação ao total da semana anterior de 279.000. Os analistas esperavam que os pedidos de seguro desemprego nos EUA crescessem em 22.000 para 301.000.
Os relatórios vieram um dia após os dados oficiais terem mostrado que a economia dos EUA se recupera mais forte do que o esperado no segundo trimestre, alimentando especulações sobre o momento de uma possível subida das taxas dos EUA.
Os investidores também estavam aguardando o relatório sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA de julho, na sexta-feira, após o Banco Central dos EUA (Fed) ter dito na quarta-feira que uma lentidão considerável ainda permanece no mercado de trabalho, apesar das melhorias recentes no crescimento das vagas de emprego.
Enquanto isso, o euro atingiu baixas de oito meses em relação ao dólar norte-americano, com EUR/USD recuando 0,13%, para 1,3378.
No início do dia, dados oficiais mostraram que a taxa anual de inflação na zona do euro atingiu uma baixa de cinco anos de 0,4% em julho, de 0,5% em junho, aumentando a pressão para que o Banco Central Europeu implemente novas medidas de estímulo para apoiar o crescimento e afastar a ameaça de deflação no bloco monetário.
Um relatório separado mostrou que a taxa de desemprego em toda a zona do euro caiu para 11,5% em junho, dos 11,6% do mês passado. Foi a menor taxa desde setembro de 2012.
USD/JPY subiu 0,11%, para uma alta de quase três meses de 102,93, ao passo que USD/CHF estava perto de altas de seis meses de 0,9094.
A libra esterlina atingiu uma nova baixa de um mês e meio, com GBP/USD caindo 0,27%, para 1,6866.
O dólar australiano, neozelandês e canadense ficaram em baixas de vários meses, com AUD/USD perdendo 0,42%, sendo negociado a 0,9290, NZD/USD caindo 0,11%, para 0,8481 e USD/CAD subindo 0,19%, para 1,0918.
O dólar canadense ignorou dados que mostram que o produto interno bruto (PIB) do país cresceu 0,4% em maio, acima das projeções de 0,3%, elevando a taxa anual de crescimento para 2,3%.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, atingiu altas 81,66, o nível mais alto desde 12 de setembro.