Investing.com - O dólar norte-americano encerrou a sexta-feira em uma nona alta semanal consecutiva em relação a uma série de moedas mundiais, uma vez que as expectativas de um aumento antecipado das taxas de juros nos EUA continuaram impulsionando a demanda dos investidores.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,18%, para 84,32, mas encerrou a semana com ganhos de 0,39%. Foi a série mais longa de ganhos semanais sucessivos em mais de 17 anos.
O dólar norte-americano recuperou-se para novas altas de seis anos em relação ao iene na sexta-feira, com USD/JPY subindo 0,23%, para 107,33 no fechamento. Na semana, o par subiu 2,05%.
As expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) está chegando mais perto de elevar as taxas de juros continuaram impulsionando o dólar norte-americano em relação ao iene e ao euro, com os bancos centrais europeu e japonês propensos a continuar com uma postura de política monetária mais flexibilizada.
Um estudo realizado pelo Fed de São Francisco, publicado na segunda-feira, indicou que as autoridades do banco central veem as taxas subindo mais cedo do que os mercados esperam.
Espera-se que o Fed reduza seu programa de compra de ativos em mais US$ 10 bilhões na sua próxima reunião de política monetária, na semana que vem, mantendo o padrão para encerrar o programa em outubro, e que comece a elevar as taxas de juros em algum momento em meados de 2015.
Dados divulgados na sexta-feira, que mostraram que as vendas no varejo dos EUA subiram em agosto, e outro relatório, que mostrou que o sentimento do consumidor atingiu uma alta de 14 meses em setembro, apoiaram a visão de que a recuperação econômica está melhorando.
O iene permaneceu sob pressão após o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, ter dito na quinta-feira que o banco está preparado para flexibilizar a política monetária ou implementar outras medidas se ficar difícil atingir sua meta de inflação de 2%.
EUR/USD subiu 0,33%, para 1,2964 na tarde de sexta, ficando acima de uma baixa de 14 meses de 1,2858 atingida na terça-feira.
O euro enfraqueceu ficou sob pressão desde que o Banco Central Europeu (BCE) reduziu inesperadamente as taxas para baixas históricas, em 4 de setembro, revelando novas medidas de flexibilização em uma aposta para sustentar a inflação na zona do euro.
A libra esterlina também subiu em relação ao dólar na sexta-feira, com GBP/USD avançando 0,18%, para 1,6267 no final do pregão. O par caiu para baixas de 10 meses na quarta-feira, uma vez que as perspectivs de independência da Escócia agitaram os mercados financeiros.
Entretanto, a incerteza qunto a qual moeda uma Escócia independente usaria, assim como as preocupações com quanto da dívida nacional do Reino Unido o país assumiria pareceram limitar os ganhos da libra esterlina antes do referendo de 18 de setembro.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o resultado da reunião de definição de política do Banco Central dos EUA (Fed), na quarta-feira. A presidente do Fed, Janet Yellen, realizará uma coletiva de imprensa após a reunião.
Os investidores também estão observando atentamente o resultado do referendo sobre a independência da Escócia, na quinta-feira.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 15 de setembro
Os mercados no Japão devem permanecer fechados em virtude de um feriado nacional.
A Suíça deve produzir dados sobre o índice de preços ao produtor.
Na zona do euro, o Banco Central da Alemanha deve publicar seu relatório mensal.
Os EUA devem divulgar relatórios sobre a atividade manufatureira em Nova York e sobre a produção industrial.
Terça-feira, 16 de setembro
O Banco da Reserva da Austrália deve publicar a ata da sua reunião de política monetária mais recente, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco.
O Reino Unido deve publicar dados sobre o índice de preços ao consumidor, que representa a maior parcela da inflação geral do país.
O Instituto ZEW deve divulgar seu atentamente observado relatório sobre o sentimento econômico alemão, um indicador importante da saúde econômica.
O Canadá deve divulgar dados sobre as vendas de manufaturados.
Os EUA devem produzir dados sobre o índice de preços ao produtor.
Quarta-feira, 17 de setembro
A Nova Zelândia deve publicar dados sobre as transações correntes.
O Reino Unido deve publicar dados oficiais sobre a mudança na quantidade de pessoas empregadas e sobre a taxa de desemprego, bem como dados sobre a média salarial. Além disso, o Banco da Inglaterra deve divulgar a ata da sua reunião de política monetária mais recente.
A zona do euro deve divulgar dados revistos sobre o índice de preços ao consumidor.
Os EUA devem produzir dados sobre os preços aos consumidores. No final do dia, o Banco Central dos EUA (Fed) deve anunciar a taxa dos fundos federais e publicar sua declaração de taxa. A presidente do Fed, Janet Yellen, deve realizar uma coletiva de imprensa após a reunião.
Quinta-feira, 18 de setembro
A Nova Zelândia deve publicar dados mensais sobre o produto interno bruto, a medida mais ampla da atividade econômica e o indicador primário da saúde da economia do país.
O Japão deve divulgar dados sobre a balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.
A Suíça também deve divulgar um relatório sobre a balança comercial. O Banco Nacional Suíço também deve anunciar sua taxa Libor e publicar sua avaliação de política monetária.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre as vendas no varejo, um indicador do governo para os gastos dos consumidores, que representa a maior parcela da atividade econômica geral do país. Enquanto isso, a Escócia deve realizar seu referendo sobre a independência.
Os EUA devem produzir uma série de dados econômicos, que inclui relatórios sobre os pedidos novos de seguro desemprego, alvarás de construção, construção de casas e atividade manufatureira na região da Filadélfia.
Sexta-feira, 19 de setembro
O Canadá deve resumir a semana com dados sobre o índice de preços ao consumidor e as vendas no atacado.