Investing.com – O dólar norte-americano recuperou-se para novas altas de seis anos em relação ao iene na sexta-feira e atingiu uma nova alta de 14 meses em relação ao euro, uma vez que as expectativas de uma alta antecipada nas taxas de juros dos EUA continuaram estimulando a demanda dos investidores pela moeda estadunidense.
USD/JPY encerrou a sexta-feira em 0,34%, para 109,06, após atingir altas de até 109,46 no início do dia, o nível mais alto desde agosto de 2008. Na semana, o par subiu 1,61%.
EUR/USD caiu 0,71%, para 1,2830 no final do pregão, o nível mais baixo desde julho de 2013.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,63%, para 84,93, o nível mais alto desde julho de 2013, chegando à sua décima semana consecutiva de alta.
O dólar norte-americano recuperou-se nos últimos dois meses, uma vez que dados econônicos indicaram que a recuperação dos EUA está avançando fortemente, ao passo que o crescimento no Japão e na zona do euro parece estar vacilando.
Na quarta-feira, o Banco Central dos EUA (Fed) apresentou uma nova direção em seus planos de elevar as taxas de juros, apoiando uma postura de política divergente entre a instituição e os bancos centrais do Japão e da Europa, que parecem estar propensos a continuar com uma política monetária mais flexibilizada.
A declaração do Fed reiterou que o banco espera que as taxas de permaneçam inalteradas por um “tempo considerável” após o encerramento do seu programa de compra de títulos, mas o banco expôs com mais detalhes como começará a aumentar as taxas de juros no curto prazo quando chegar a hora.
O Fed reduziu seu programa mensal de compra de títulos em mais US$ 10 bilhões, mantendo o ritmo para encerrar o programa no mês que vem.
O dólar norte-americano subiu em relação à libra esterlina, com GBP/USD caindo 0,68%, para 1,6284 no final do pregão. O par atingiu uma alta duas semanas de 1,6523 no início da sexta-feira, após os eleitores do referendo sobre a independência da Escócia terem escolhido permanecer parte do Reino Unido.
A libra atingiu uma baixa de 10 meses em relação ao dólar norte-americano no início deste mês, uma vez que as incertezas sobre o resultado do referendo sacudiram os mercados financeiros, antes de se recuperar na preparação para a votação de quinta-feira.
A libra esterlina também caiu em relação ao euro, com EUR/GBP ficando em 0,7878 no final do pregão, saindo da baixa de dois anos de 0,7809 atingida no início da sessão.
Em outros lugares, o dólar australiano atingiu uma nova baixa de seis meses na sexta-feira, com AUD/USD caindo 0,66%, para 0,8928, ao passo que NZD/USD recuou 0,39%, para 0,8119, não tão distante da baixa de seis meses de 0,8076 atingida na quinta-feira.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando os dados norte-americanos de terça-feira sobre a atividade no setor privado da zona do euro, em meio a preocupações de que a recuperação na região está perdendo tração. Dados preliminares sobre a atividade manufatureira da China também serão atentamente observados.
A semana também trará novas análises sobre o setor de habitação dos EUA, com relatórios sobre a venda de imóveis residenciais usados e novos, assim como dados de quinta-feira sobre os pedidos de bens duráveis e pedidos novos de seguro desemprego.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 22 de setembro
A Nova Zelândia deve divulgar dados do setor privado sobre o sentimento do consumidor.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, deve aparecer perante a Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Os EUA devem divulgar dados do setor privado sobre as vendas pendentes de imóveis residenciais.
Terça-feira, 23 de setembro
Os mercados no Japão devem permanecer fechados em virtude de um feriado nacional.
A China deve publicar a leitura preliminar do seu índice de manufatura HSBC, um indicador econômico importante.
A zona do euro deve publicar dados preliminares sobre a atividade do setor privado, ao passo que Alemanha e França devem publicar dados sobre o crescimento do setor privado.
O Reino Unido deve divulgar dados do setor privado sobre as aprovações de financiamento de imóveis residenciais, bem como um relatório sobre o empréstimo ao setor público.
O Canadá deve divulgar dados sobre as vendas no varejo, o indicador do governo para as despesas dos consumidores e que representa a maior parte da atividade econômica geral do país.
Quarta-feira, 24 de setembro
A Nova Zelândia deve divulgar dados sobre a balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.
O Banco da Reserva da Austrália deve publicar sua revisão semestral de estabilidade financeira.
O Instituto Ifo deve divulgar um relatório sobre o clima no ambiente de negócios alemão.
Os EUA devem publicar dados sobre as vendas de imóveis residenciais novos.
Quinta-feira, 25 de setembro
O presidente do Banco da Reserva da Austrália, Glenn Stevens, deve discursar em um evento em Melbourne; seus comentários serão atentamente observados.
O BCE deve divulgar dados sobre a oferta de moeda M3 e empréstimos privados.
Os EUA devem divulgar relatórios importantes sobre os pedidos de bens duráveis e pedidos novos de seguro desemprego.
Sexta-feira, 26 de setembro
O Japão deve divulgar dados sobre o índice de preços ao consumidor (IPC), que representa a maior parcela da inflação geral do país.
O grupo de pesquisa Gfk deve divulgar um relatório sobre o clima do consumidor alemão.
Os EUA devem divulgar dados revistos sobre a produto interno bruto (PIB), a medida mais ampla da atividade econômica e o indicador primário da saúde da economia do país. Além disso, os EUA devem divulgar dados revistos sobre o sentimento do consumidor.