Investing.com - O euro caiu para uma baixa de três meses em relação ao dólar norte-americano na sexta-feira e atingiu o nível mais baixo em 17 meses em relação à libra esterlina, após dados fracos sobre o sentimento no ambiente de negócios alemão terem apoiado as expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) flexibilizará a política monetária na sua próxima reunião, em junho.
A queda no euro ocorreu após um relatório ter mostrado que o índice Ifo de clima no ambiente de negócios da Alemanha declinou para 110,4 em maio, a leitura mais baixa este ano, de 11,2 em abril, indicando que a atividade econômica pode desacelerar nos próximos meses.
Os dados foram divulgados um dia após um relatório ter mostrado que a atividade manufatureira da zona do euro cresceu em maio no ritmo mais lento em seis meses.
Comentários recentes feitos por funcionários seniores do BCE sinalizaram que o banco está aberto para agir em junho visando a impedir que a inflação no bloco da moeda caia.
Na quinta-feira, o membro do conselho do BCE, Jens Weidmann, disse que o banco está preparado para tomar medidas não convencionais para contar os riscos de inflação baixa na zona do euro.
EUR/USD atingiu baixas de 1,3616, o nível mais fraco desde 13 de feveeiro, antes de se estabilizar 1,3630, em baixa de 0,18% no dia. Na semana, o par perdeu 0,60%.
EUR/GBP atingiu uma baixa da sessão de 0,8082, o menor nível desde dezembro de 2012, antes de se estabilizar em 0,8099, encerrando a semana em baixa de 0,69%.
Enquanto isso, EUR/JPY encerrou a sessão de sexta-feira em 139,02, não muito longe da baixa de três meses e meio de 138,13 atingida na quarta-feira.
O dólar norte-americano subiu em relação ao iene, com USD/JPY avançando 0,24%, para 101,96 na tarde sexta-feira, recuperando-se de baixas de três meses e meio de 100,81 atingidas na quarta-feira. O par encerrou a semana em alta de 0,49%.
O dólar norte-americano ganhou força após dados sobre as vendas de imóveis residenciais novos terem somado-se aos sinais de uma recuperação no mercado imobiliário.
O Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas de imóveis residenciais novos subiram por um 6,4% maior que o esperado, para 433.000 em abril, após dois meses de queda. Os analistas haviam previsto um número de 425.000. Os números de março subiram de 384.000 para 407.000.
Os dados positivos impulsionaram o índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, para uma alta de seis meses de 80,49, antes de recuar para 80,40 no fechamento.
Nesta semana, os mercados no Reino Unido estarão fechados para um feriado público na segunda-feira, ao passo que os mercados norte-americanos também estarão fechados para o feriado Memorial Day. Os investidores estarão aguardando dados revistos sobre o crescimento norte-americano no primeiro trimestre, ao passo que o relatório de terça-feira sobre a confiança dos consumidores também estará em foco.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 26 de maio
A Nova Zelândia deve publicar dados sobre a balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.
O Banco do Japão deve divulgar a ata da sua reunião de política monetária mais recente, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco.
O grupo de pesquisa de mercado Gfk deve publicar um relatório sobre o clima do consumidor alemão. Em outros lugares na zona do euro, o presidente do BCE, Mario Draghi, deve se pronunciar em Portugal. Seus comentários serão atentamente observados.
Os mercados no Reino Unido estarão fechados para um feriado público e os mercados norte-americanos também estarão fechados para o feriado Memorial Day.
Terça-feira, 27 de maio
A Suíça deve divulgar dados sobre a balança comercial e o nível de emprego.
O Reino Unido deve publicar um relatório do setor privado sobre as aprovações de hipotecas.
O presidente do BCE, Mario Draghi, deve se pronunciar em Portugal. Seus comentários serão atentamente observados.
Os EUA devem produzir dados sobre os pedidos de bens duráveis, inflação dos preços de imóveis residenciais e confiança do consumidor.
Quarta-feira, 28 de maio
O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, deve se pronunciar em um evento em Tóquio.
A Nova Zelândia deve publicar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios, ao passo que a Austrália deve produzir um relatório sobre trabalhos de construção.
A Suíça deve divulgar dados sobre o produto interno bruto (PIB) do primeiro trimestre, a medida mais importante da atividade econômica e um indicador-chave da saúde da economia.
Na zona do euro, a França deve divulgar dados sobre as despesas dos consumidores, ao passo que a Alemanha deve publicar um relatório sobre a alteração do desemprego. A zona do euro deve divulgar dados oficiais sobre a oferta de moeda e empréstimos privados.
O Reino Unido deve divulgar dados do setor privado sobre as vendas no varejo.
Quinta-feira, 29 de maio
O Japão deve divulgar dados sobre as vendas no varejo, o indicador do governo para as despesas dos consumidores e que representa a maior parte da atividade econômica geral do país.
A Austrália deve divulgar dados sobre os gastos de capital privado.
O Canadá deve produzir dados sobre as transações correntes.
Os EUA devem divulgar dados revistos sobre o PIB no primeiro trimestre, além de um relatório semanal do governo sobre os pedidos novos de seguro desemprego e dados sobre as vendas pendentes de imóveis residenciais.
Sexta-feira, 30 de maio
A Nova Zelândia deve divulgar dados sobre os alvarás de construção.
O Japão deve divulgar dados preliminares sobre a produção industrial, assim como relatórios sobre os gastos domésticos e inflação.
Na zona do euro, a Alemanha deve publicar um relatório sobre as vendas n varejo. Em outros lugares na Europa, a Suíça deve publicar seu barômetro econômico KOF.
O Canadá deve publicar seu relatório mensal sobre o PIB.
Os EUA devem resumir a semana com um relatório sobre renda e gastos pessoais e dados revistos da Universidade de Michigan sobre o sentimento do consumidor.