Investing.com - O dólar norte-americano caiu em relação às principais moedas mundiais na sexta-feira, revertendo uma recuperação do início da semana, após dados terem mostrado que a economia norte-americana gerou em agosto postos de emprego no ritmo mensal mais lento deste ano.
O Ministério do Trabalho dos EUA informou que a economia norte-americana gerou 142.000 postos de emprego no mês passado, decepcionando as expectativas de um crescimento de 225.000. Os números de julho foram revistos para uma alta de 212.000.
A taxa de desemprego caiu para 6,1% de 6,2% em julho.
O relatório reduziu as preocupações de que a recuperação da economia dos EUA está progredindo tão rapidamente que o Banco Central dos EUA (Fed) será forçado a elevar as taxas mais cedo que o esperado para evitar o superaquecimento da economia.
EUR/USD atingiu altas da sessão de 1,2988 após a divulgação do relatório de emprego, mas depois reduziu alguns dos ganhos e ficou em 1,2951, sendo negociado em uma alta de 0,05% na tarde de sexta-feira.
USD/JPY caiu para baixas de 104,70 antes de atingir 105,08, ainda em baixa de 0,16% no dia.
O dólar permaneceu apoiado após outros relatórios econômicos divulgados no início da semana terem indicado que a recuperação dos EUA ainda está nos trilhos. Dados de terça-feira mostraram que o setor manufatureiro do país expandiu em agosto no ritmo mais rápido em mais de três anos.
Espera-se que o Fed encerre seu programa de compra de ativos em outubro e que comece a elevar as taxas de juros em algum momento em meados de 2015. Por outro lado, os bancos centrais europeus e japoneses parecem estar propensos a manter uma postura de política monetária mais flexibilizada.
O euro atingiu uma baixa de 14 meses em relação ao dólar norte-americano na quinta-feira, após o Banco Central Europeu (BCE) ter cortado a taxa de juros para baixas históricas em toda a zona do euro e ter anunciado novas medidas de estímulo monetário em uma tentativa de escorar o crescimento lento e a inflação na região.
O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que a decisão foi tomada após as expectativas de inflação a longo prazo terem caído em agosto.
USD/CHF estava sendo negociado a 0,9309 na tarde de sexta-feira, saindo das altas de um ano de 0,9334 atingidas no início da sessão.
GBP/USD ficou em 1,6324, após atingir baixas de 1,6279, o nível mais fraco desde o início de fevereiro. A libra esterlina permaneceu sob forte pressão de venda em meio a incertezas quanto ao resultado de um referendo sobre a independência da Escócia, que deverá ocorrer no dia 18 de setembro.
Também na sexta-feira, o dólar canadense atingiu baixas de duas semanas em relação ao dólar norte-americano, após dados oficiais terem mostrado que a economia do Canadá reduziu inesperadamente postos de emprego em agosto.
O Statistics Canada informou que a economia perdeu 11.000 postos de empregos no mês passado, em comparação com as expectativas de um crescimento de 10.000.
USD/CAD atingiu uma alta de 1,0901, antes de reduzir os ganhos para 1,0879, subindo 0,06% no final do pregão.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando os dados norte-americanos sobre as vendas no varejo e sentimento do consumidor em busca de mais indicações sobre a força da recuperação econômica.
A declaração sobre inflação por parte das autoridades do Banco da Inglaterra, na quarta-feira, e o resultado de uma revisão de taxa do banco central neozelandês, na quinta-feira, também estarão em foco.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 8 de setembro
O Japão deve divulgar dados sobre as transações correntes e dados finais sobre o crescimento econômico do segundo trimestre.
Os mercados na China permanecerão fechados em virtude de um feriado nacional; entretanto, o país deve divulgar dados sobre a balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.
Na zona do euro, a Alemanha deve divulgar dados sobre a balança comercial.
Em outros lugares na Europa, a Suíça deve produzir dados sobre o índice de preços ao consumidor (IPC), que representa a maior parcela da inflação geral do país.
No final do dia, o Canadá deve divulgar dados sobre os alvarás de construção.
Terça-feira, 9 de setembro
O Banco do Japão deve divulgar a ata da sua reunião de política monetária mais recente, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco. O Japão também deve divulgar dados sobre a atividade industrial no setor terciário.
A Austrália deve divulgar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios, bem como um relatório sobre os empréstimos feitos para financiamento de imóveis residenciais.
O Reino Unido deve produzir dados sobre a produção industrial e manufatureira e um relatório sobre a balança comercial. Enquanto isso, o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, deve se pronunciar em um evento em Manchester; seus comentários serão atentamente observados.
O Canadá deve divulgar um relatório sobre as construções de imóveis residenciais.
Quarta-feira, 10 de setembro
O Japão deve divulgar dados sobre os pedidos brutos de máquinas.
A Austrália deve produzir um relatório do setor privado sobre o sentimento do consumidor.
O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, e diversos outros membros do comitê de política monetária devem se pronunciar sobre a inflação e as projeções econômicas perante o comitê do tesouro do parlamento.
Quinta-feira, 11 de setembro
O Banco da Reserva da Nova Zelândia deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. O banco central também deve realizar uma coletiva de imprensa para discutir a decisão de política monetária.
A Austrália deve divulgar um relatório sobre a alteração na quantidade de pessoas empregadas e a taxa de desemprego.
A China deve divulgar dados sobre o índice de preços ao consumidor.
Os EUA devem produzir o relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego.
Sexta-feira, 12 de setembro
O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, deve fazer um pronunciamento em um evento em Tóquio. Seus comentários serão atentamente observados.
A zona do euro deve divulgar dados sobre a produção industrial.
Os EUA devem divulgar dados sobre as vendas no varejo, o indicador do governo para as despesas dos consumidores e que representa a maior parte da atividade econômica geral do país. Os EUA também devem divulgar os atentamente observados dados preliminares sobre o sentimento do consumidor.