O dólar subiu ante euro e libra, mas caiu contra o iene nesta quinta-feira, 10, depois da divulgação do indicador de inflação CPI dos Estados Unidos e após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Atlanta, Raphael Bostic, dizer que está aberto a manter a taxa dos Fed Funds inalterada neste ano.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em queda de 0,07%, a 102,855 pontos,. O dólar se desvalorizava a 148,54 ienes às 16h50 (de Brasília). O euro recuava a US$ 1,0935, enquanto a libra era cotada em baixa, a US$ 1,3057.
O dólar mostrava volatilidade pela manhã, após os indicadores de inflação e emprego divulgados nos EUA. Os dados do mercado de trabalho vieram piores do que as previsões, enquanto a inflação ao consumidor no índice cheio e seu núcleo ficaram acima do esperado por analistas em setembro. Enquanto investidores ponderavam sobre o futuro da política monetária americana, Bostic impulsionou as apostas por um cenário mais hawkish, ao endossar as expectativas por manutenção de juros em novembro. Segundo ferramenta de monitoramento do CME Group, por volta das 16h50 (de Brasília) a probabilidade de o Fed deixar juros inalterados em novembro estava em 17,1%, ante 13% no início da tarde.
"Embora esses dados fortes dos EUA, como o CPI desta manhã, possam ter empurrado as expectativas de corte de taxa, eles não as eliminaram, eles apenas as empurraram para mais longe no futuro", afirma James Stanley, economista sênior do City Index, ao justificar que ainda há expectativas por uma nova elevação de juros pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), o que favorece o iene contra o dólar.
O euro, por sua vez, seguiu em baixa ante o dólar. A ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), publicada hoje, mostra um aumento da preocupação dos dirigentes com as perspectivas de crescimento na zona do euro, destaca o ING em relatório. Segundo o banco holandês, o documento do BC europeu também indica uma grande relutância em sinalizar que está tudo resolvido em relação à inflação.