O dólar se fortaleceu ante outras moedas principais, ganhando fôlego após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell. O euro, por sua vez, ficou pressionado após dados mistos da zona do euro, com a libra também pressionada hoje.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,88 ienes, o euro recuava a US$ 1,1969 e a libra tinha baixa a US$ 1,3884. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, subiu 0,75%, a 91,631 pontos.
Powell participou de evento e disse estar atento ao movimento recente de ganhos nos juros dos Treasuries. Analistas do Citi e do TD Securities, porém, destacaram o fato de que ele não se voltou diretamente contra esse movimento.
O presidente do Fed comentou que haveria preocupação se ocorresse aperto "consistente" e "persistente" nas condições financeiras, considerando a política atual do BC como apropriada.
O dólar já subia, mas ganhou força à tarde, após as declarações de Powell. Na Europa, o euro esteve pressionado, após as vendas no varejo da zona do euro recuarem 5,9% em janeiro ante o mês anterior, bem acima da previsão de queda de 1,7%.
A taxa de desemprego da região seguiu em 8,1% em janeiro, ante previsão de 8,3% dos analistas. A Western Union comentou que o euro ficou sob pressão após os dados mistos e também destacou a fraqueza da libra, após ontem o governo do Reino Unido anunciar seus planos para o orçamento anual.
Em relatório, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) avaliou hoje que o real, o rublo russo e o yuan chinês estão entre as moedas de emergentes mais subvalorizadas desde o relatório anterior do IIF sobre o tema, de novembro. Já o peso argentino e o rand sul-africano registram sobrevalorização atualmente, diz o levantamento.