Durban (África do Sul), 6 jul (EFE).- A Alemanha enfrenta a
Espanha nesta quarta-feira em Durban pelas semifinais da Copa do
Mundo para conseguir a revanche da final da Eurocopa 2008 e, mais
que isso, chegar à final do Mundial.
A Fúria, por sua vez, vai entrar no estádio Moses Mabhida - o
mesmo onde começou a Copa com o pé esquerdo, perdendo para a Suíça -
com o objetivo de fazer história e se classificar para uma final
inédita para o futebol espanhol.
Entretanto, a Espanha terá a sua frente uma seleção alemã que tem
exibido um futebol exuberante e que já derrubou Inglaterra e
Argentina com direito a goleadas.
De 2008 para cá, a Espanha manteve praticamente o mesmo time que
conquistou a Eurocopa. O técnico Vicente del Bosque fez poucos
retoques na equipe antes comandada por Luis Aragonés, com a inclusão
de jovens como Gérard Piqué e Sergio Busquets, que conquistaram seu
espaço.
Já a Alemanha mudou de cara e acrescentou à tradicional força
física altas doses de qualidade técnica com jogadores como Thomas
Müller e Mesut Özil.
Agora, a Fúria chega confiante às semifinais desta Copa, motivada
pelo desempenho do goleiro Iker Casillas, que não tomou gols na fase
de mata-mata, e do atacante David Villa, artilheiro do Mundial com
cinco gols.
Talvez o único problema de Vicente del Bosque seja a possível
ausência do meio-campista Cesc Fàbregas, que provavelmente
substituiria Fernando Torres, mas sentiu dores no perônio direito,
operado pouco antes da Copa.
Com isso, Torres, o autor do gol do título europeu sobre a
Alemanha, deve ser titular amanhã em Durban.
Não menos confiante está a Alemanha depois de derrubar duas
tradicionais seleções com duas goleadas e ter mostrado o melhor
futebol desta Copa do Mundo com um jovem time comandado pelo técnico
Joachim Löw.
Para o confronto com a Espanha, o principal desafio de Löw é
repor o atacante Thomas Müller, autor de quatro importantes gols
para a equipe, que vai cumprir um jogo de suspensão.
A opção que ganha mais força é passar Lukas Podolski para o
ataque e escalar Piotr Troshowski ou Toni Kroos no meio-campo.
De resto, a equipe está completa, incluindo o atacante Miroslav
Klose, que soma 14 gols em Copas e está a um de se igualar a Ronaldo
como o maior artilheiro da história dos Mundiais.
A Alemanha confia em poder deixar para trás a lembrança da final
da última Eurocopa e poder se classificar para sua oitava decisão em
Copas para buscar seu quarto título mundial.
O equilíbrio no jogo, a força física e a velocidade de seu ataque
são as principais virtudes da seleção alemã, que tem no volante
Bastian Schweinsteiger seu grande destaque.
Prováveis escalações:.
Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Piqué, Capdevila;
Busquets, Xabi Alonso, Xavi, Iniesta, David Villa; Fernando Torres.
Alemanha: Neuer; Lahm, Mertesacker, Friedrich, Boateng; Khedira,
Schweinsteiger, Trochowski (Toni Kroos), Özil; Podolski e Klose.
Árbitro: Viktor Kassai (HUN), auxiliado por seus compatriotas
Gabor Eros e Tibor Vamos. EFE.