L'Aquila (Itália) 9 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, admitiu hoje que "não será fácil" avançar na questão
do clima e que persistem as diferenças entre as principais economias
mundiais em relação às medidas a serem aplicadas contra a mudança
climática.
Dentro da cúpula do G8 (os sete países mais ricos e a Rússia),
Obama presidiu uma reunião do Fórum das Maiores Economias. Nela, os
países desenvolvidos e emergentes concordaram em impedir que a
temperatura média do planeta suba mais de 2°C. Porém, não fixaram
porcentagens quanto à redução das emissões de gases poluentes.
Acompanhado dos primeiros-ministros da Itália, Silvio Berlusconi,
e da Austrália, Kevin Ruud, Obama admitiu à imprensa, após a
reunião, que "não é fácil superar as diferenças sobre a mudança
climática".
Sobretudo, destacou, em tempos de crise econômica global, quando
muitos podem pensar que as medidas para conter a mudança climática
prejudicarão as chances de recuperação.
No entanto, Obama ressaltou que as 17 maiores economias do mundo
se comprometeram a redobrar seus esforços para chegar a um acordo
sobre o corte nas emissões até a cúpula de Copenhague (Dinamarca),
que acontece em dezembro.
Os países emergentes, disse o presidente americano, querem
garantias de que, ao combaterem a mudança climática, "não
sacrificarão suas aspirações de desenvolvimento".
Os países desenvolvidos, por sua vez, "devem se responsabilizar
pela poluição que geram e dar o exemplo", acrescentou.
A declaração aprovada no fórum das grandes economias diz que os
17 países participantes "vão colaborar para conseguir um resultado
notável" com vistas à reunião de Copenhague, quando os países
tentarão fechar um acordo que substitua o Protocolo de Kioto.
As 17 maiores economias do mundo se comprometeram ainda a
trabalhar "para determinar uma meta global e reduzir
substancialmente as emissões até 2050".
Outro consenso foi que a redução nas emissões deve acontecer o
mais rápido possível. Porém, "demorará mais nos países
subdesenvolvidos, já que a erradicação da pobreza é a primeira e
principal prioridade" deles.
Os países também se comprometeram a ajudar os países em
desenvolvimento a se adaptarem aos efeitos adversos da mudança
climática e a estabelecer uma aliança global para a promoção de
tecnologias limpas. EFE