Washington, 21 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, criticou hoje seus rivais republicanos por obstruir um
projeto de lei que busca maior transparência no financiamento
eleitoral e disse que seguirá sua luta para conseguir seu objetivo.
O presidente afirmou que a medida proposta para a campanha das
eleições parlamentares de novembro, nas quais os democratas buscam a
maioria no Congresso, aumentam os anúncios com todo tipo de ataques
e fontes de financiamento pouco claras.
"Não sabemos quem está por trás desses anúncios e não sabemos
quem está pagando por eles", afirmou o chefe da Casa Branca em seu
tradicional discurso dos sábados.
Obama mencionou que essa falta de transparência é possível por
uma decisão de janeiro da Suprema Corte que permite que as grandes
empresas façam contribuições, sem limites, às campanhas eleitorais
ou para se opor a determinados candidatos.
O presidente, que criticou essa decisão em outras ocasiões,
denunciou que agora as empresas possam financiar campanhas
milionárias de anúncios televisivos e, "pior ainda", que não tenham
de revelar quem pagou por eles.
"Qualquer grupo pode se esconder atrás do nome de 'cidadãos por
um futuro melhor'. O nome mais correto seria o de 'cidadãos por um
menor controle'", ironizou Obama.
Ele indicou que, para solucionar essa situação, no mês passado um
grupo de democratas e republicanos respaldou uma proposta que, se
for levada adiante, obrigaria a revelar quem custeia a fatura dos
anúncios.
Além disso, acrescentou, as corporações controladas por capital
estrangeiro teriam um limite no dinheiro que podem gastar "para
influir nas eleições dos EUA".
O problema, explicou Obama, é que os líderes republicanos no
Congresso disseram "não".
"De fato", apontou o presidente, os líderes republicanos não
permitiram, nem sequer, que a medida fosse submetida a votação.
"Isso só pode significar que os líderes do outro partido querem
manter o público na escuridão". EFE