Washington, 26 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, pediu hoje ao Senado e à oposição republicana que
aprove a lei de financiamento de campanhas eleitorais, que obriga a
revelar mais dados sobre as doações que são recebidas.
Em entrevista coletiva nos jardins da Casa Branca, Obama
assinalou que o projeto de lei é uma ferramenta imprescindível para
lutar contra o poder dos grupos de pressão.
Se não for aprovada, "os grupos de pressão poderão dizer aos
legisladores que se não votarem da maneira adequada, receberão uma
saraivada de anúncios negativos na próxima campanha".
Um dos principais aspectos da proposta de lei obriga as
organizações ou empresas que emitem anúncios de caráter político a
divulgar suas doações.
Os responsáveis dessas organizações também teriam que aparecer
nos anúncios para se responsabilizar por seu conteúdo.
Além disso, as empresas que tenham obtido contratos do Governo
superiores a US$ 10 milhões não poderão financiar anúncios
políticos.
A medida é uma resposta direta à sentença de 5 a 4 emitida pela
Suprema Corte em janeiro que, para efeitos práticos, permitiu que
tanto as corporações como os sindicatos possam investir fundos em
anúncios e, por este caminho, influir no processo eleitoral do país.
"Estas reformas são de bom senso, já que seu principal objetivo é
assegurar que as pessoas que financiam esses anúncios serão de
conhecimento público, de modo que os cidadãos possam decidir com
conhecimento de causa", declarou o presidente americano.
Os democratas contam com 59 votos no Senado, um a menos do que o
necessário para garantir que o projeto de lei supere qualquer
tentativa de veto.
Até o momento, nenhum senador republicano se mostrou disposto a
votar em favor do projeto de lei. EFE