Washington, 14 fev (EFE).- O presidente dos EUA, Barack Obama, apresentou nesta segunda-feira uma proposta de orçamento federal de US$ 3,73 trilhões para o ano fiscal de 2012, que aumenta as verbas para pesquisas e educação, mas corta programas muito apreciados pela Casa Branca para reduzir o déficit a médio prazo.
A proposta promete abrir um duro enfrentamento com os republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes no Congresso e exigem medidas de economia orçamentária mais duras que as apresentadas nesta segunda-feira.
Os legisladores, de fato, começarão nesta segunda-feira a examinar cortes no valor de US$ 61 bilhões do orçamento já aprovado para este ano.
O projeto orçamentário para o ano fiscal de 2012, tornado público nesta segunda-feira pela Casa Branca, contempla um déficit fiscal de US$ 1,64 trilhão para este ano, um recorde histórico.
Mas ao mesmo tempo, a Casa Branca calcula que suas propostas permitirão uma economia de US$ 1,1 trilhão em dez anos e que, caso as previsões de cumpram, o déficit poderá começar a ser cortado de maneira drástica a partir do próximo ano, quando calcula-se que a recuperação econômica já será generalizada.
Após sua chegada à Casa Branca, em janeiro de 2009, Obama prometeu que para o final de seu mandato de quatro anos teria reduzido à metade o déficit fiscal, o que significaria deixá-lo em US$ 768 bilhões para 2013.
Em visita a uma escola de Baltimore, no estado de Maryland, o governante assegurou nesta segunda-feira que para atalhar o déficit sua proposta orçamentária corta programas que "importam muito", mas cuja eliminação é necessária para "cumprir" sua "palavra sobre disciplina fiscal".
A proposta enviada nesta segunda-feira ao Congresso aumenta, ao mesmo tempo, algumas verbas em educação e investimento em tecnologia, aspectos que o presidente considera imprescindíveis para aumentar a competitividade do país e, dessa forma, manter sua posição como primeira economia mundial nas próximas décadas.
Assim, são destinados US$ 50 bilhões aos investimentos em transporte, parte delas para a construção de uma rede de ferrovia de alta velocidade. EFE