Washington, 18 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, receberá nesta segunda-feira na Casa Branca vários milionários que se comprometeram a contribuir com a sociedade e a economia do país, segundo fontes governamentais.
A Casa Branca informou que Bill e Melinda Gates, Warren Buffett, Steve e Jean Case, Mark Zuckerberg e George Lucas, entre outros, irão nesta segunda-feira ao Salão de Banquetes do Estado para se reunir com o governante.
Trata-se de uma iniciativa de Gates e Buffett, lançada em junho do ano passado e que já conta Com quase 70 signatários.
Em entrevista coletiva oferecida na semana passada e como argumento para sua proposta de redução do déficit através do aumento dos impostos, Obama disse que "as pessoas que podem se dar ao luxo" querem dar sua contribuição.
As negociações com os republicanos, que têm a maioria na Câmara de Representantes, seguem obstruídas, já que os republicanos se opõem à imposição de tributos mais elevados para os mais ricos.
As agências de qualificação de crédito Standard & Poor e Moody's já advertiram que o crédito dos EUA poderia se deteriorar se o Congresso não aprovar, antes de 2 de agosto, um aumento do endividamento nacional autorizado pelo corpo legislativo.
Os EUA já ultrapassaram em maio o limite atual de US$ 14,29 trilhões em endividamento autorizado, mas continuou funcionando com ajustes e transferências de pagamentos que são normais dentro do Departamento do Tesouro.
Além do dia 2 de agosto, segundo advertiram Obama e vários porta-vozes de seu Governo e de seu partido, o país encara uma cessação de pagamentos que, segundo o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, seria uma "catástrofe".
Os dirigentes do Senado trabalharam em uma possível medida, proposta pelo chefe da minoria republicana Mitch McConnell, de Kentucky, que transferiria do Congresso ao Poder Executivo a autoridade para ampliar o endividamento do país.
A medida permitiria que Obama elevasse em US$ 2,5 trilhões o empréstimo, mas seriam necessárias três votações do Congresso sobre o assunto antes das eleições gerais de novembro de 2012. EFE