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Oito anos após invasão, talibãs afegãos negam que Europa seja alvo

Publicado 07.10.2009, 14:12
Atualizado 07.10.2009, 14:42

Cabul, 7 out (EFE).- Os talibãs afegãos disseram hoje, por causa do oitavo aniversário da invasão americana, que estão preparados para uma guerra longa e disseram não ter intenção de atacar países europeus.

"Anunciamos a todo o mundo que nosso objetivo é obter a independência e o estabelecimento de um sistema islâmico. Nem tínhamos nem temos o objetivo de prejudicar outros países, incluindo a Europa", afirma um comunicado em inglês colocado em um site talibã.

"Mas, se querem transformar o país dos orgulhosos e piedosos afegãos em uma colônia, têm que saber que temos uma inquebrantável determinação e estamos preparados para uma guerra longa", advertiram os fundamentalistas.

O autodenominado Emirado Islâmico do Afeganistão - nome que tinha o regime talibã - afirmou na mensagem que os objetivos dos insurgentes são "a independência, uma justiça social islâmica, dignidade humana e identidade nacional", algo que estão dispostos a conseguir derramando seu "sangue puro".

Os talibãs lembraram a data da invasão americana e sustentaram que, desde então, "passaram oito anos nos quais os invasores americanos e seus aliados cruzados mataram, feriram e tiraram de suas casas milhares de afegãos, entre eles crianças, mulheres e idosos".

Atribuíram a invasão a "motivos clandestinos colonialistas", sob o "pretexto" dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, e apesar de que, segundo eles, o regime talibã se ofereceu a colaborar para realizar "uma investigação neutra" sobre os atentados em solo americano.

"Mas a cúpula dos novos conservadores na Casa Branca, os bélicos generais do Pentágono e o 'lobby' pró-judaico nos EUA começaram a culpar o Emirado Islâmico desde o início", disseram.

Diante do possível aumento de tropas estrangeiras mobilizadas no Afeganistão, a insurgência denunciou que isso responde à intenção dos EUA de desenvolver "planos expansionistas no Oriente Médio, Ásia Central e Sudeste Asiático".

Atualmente, há cerca de 100 mil soldados internacionais em território afegão, cerca de 68 mil deles americanos.

O presidente americano, Barack Obama, está revisando a estratégia militar e estudando se envia mais tropas, como pediu o chefe das forças estrangeiras, general Stanley McChrystal, para fazer frente aos talibãs e atingir a rede terrorista Al Qaeda. EFE

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