Nações Unidas, 1 mar (EFE).- As Nações Unidas disseram hoje que
estão à disposição do Governo do Chile para solicitar à comunidade
internacional assistência financeira com destino aos afetados pelo
forte terremoto que sacudiu o país no sábado passado.
A secretária executiva da Comissão Econômica para a América
Latina e o Caribe da ONU (Cepal), Alicia Bárcena, assegurou que as
autoridades chilenas "são muito eficientes, estão bem organizadas e
responderam com rapidez" à catástrofe.
"É cedo ainda para determinar a magnitude da destruição, já que
não param de se produzir réplicas", disse em entrevista coletiva via
satélite a responsável da Cepal, órgão sediado em Santiago do Chile.
Além disso, Bárcena afirmou que o Executivo da presidente
Michelle Bachelet por enquanto só pediu materiais e produtos
específicos, enquanto continuam sendo avaliadas as necessidades dos
afetados pelo terremoto, que até o momento registrou 723 mortes.
A agência de emergências da ONU destinará 45 telefones via
satélite às autoridades chilenas encarregadas de coordenar as
operações de resgate, enquanto o Programa Mundial de Alimentos (PMA)
ofereceu o envio de 30 toneladas de alimentos ao Chile de seus
estoques no Equador, acrescentou Bárcena.
O fortíssimo tremor, de 8,8 graus na escala Richter, com
epicentro próximo à cidade de Concepción, deixou pelo menos 2
milhões de desabrigados, 1 milhão de casas destruídas ou afetadas e
danos materiais ainda não contabilizados.
Bárcena explicou que a Argentina enviará hospitais de campanha à
região afetada para ajudar os quatro centros de emergência
instalados pela força aérea chilena. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) despachou uma equipe para analisar as necessidades sanitárias
após o terremoto de sábado.
"O país enfrenta uma situação de emergência, particularmente no
sul", disse a responsável mexicana da Cepal.
O embaixador chileno para as Nações Unidas em Genebra, Carlos
Portales, pediu hoje a representantes do Escritório de Coordenação
de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) que enviem equipes
para fazer uma avaliação de danos.
O diplomata ressaltou que o país necessita pontes móveis,
telefones via satélite, geradores elétricos, tendas de campanha,
hospitais, equipamentos cirúrgicos e centros de diálises. EFE