Washington, 18 mar (EFE).- O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA (CBO) afirmou nesta sexta-feira que a solicitação orçamentária do presidente Barack Obama para o ano fiscal 2012 acrescentaria US$ 9,5 trilhões à dívida nacional em uma década, algo superior ao calculado por seu Governo.
Em uma análise divulgada nesta sexta-feira, o CBO disse que a solicitação orçamentária, tal como está concebida, aumentaria a dívida nacional - parte que os Estados Unidos deve a investidores e outros países - a 87% do Produto Interno Bruto (PIB).
O relatório assinala que, em sua solicitação para o ano fiscal que começa em outubro deste ano, a Administração Obama tinha calculado que o déficit fiscal nos próximos 10 anos seria de US$ 7,2 trilhões, ou seja, um total de US$ 2,3 trilhões a menos nesse período.
O Governo de Obama também tinha previsto que o total da dívida para 2021 conformaria 77% do PIB.
Segundo observadores, a diferença se deve a que o CBO tem cálculos menos otimistas que a Administração Obama sobre a receita do Governo por conceito do pagamento de impostos.
O CBO explicou em seu relatório que o crescimento dos déficits nos próximos 10 anos se deve principalmente à extensão permanente dos cortes de impostos para a classe média, e as remodelações que procura a Casa Branca no chamado "imposto mínimo alternativo".
No entanto, o relatório do CBO assinalou que para o ano fiscal 2011 em curso, se o Congresso aprovar sem mudanças a proposta orçamentária de Obama, "o déficit para este ano totalizará US$ 1,43 trilhões, ou 9,5% do PIB".
Após a divulgação do relatório, o diretor do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB) da Casa Branca, Jacob Lew, disse que a análise confirma que "os déficit atuais são inaceitavelmente altos e se seguimos por este caminho, a situação fiscal prejudicará nossa recuperação (econômica) e restringirá o crescimento futuro". EFE