Cidade do Vaticano, 3 fev (EFE).- Bento XVI denunciou nesta quinta-feira a "tensão" que segundo sua opinião existe em muitos países na relação entre Estado e religião e reiterou que a casa comum europeia só será possível se a Europa estiver consciente de suas raízes cristãs.
O Pontífice se manifestou durante o discurso que dirigiu ao novo embaixador da Áustria perante a Santa Sé, Alfons Kloss, quando aproveitou para pedir políticas em defesa da família baseada no casamento tradicional.
De acordo com o papa, as autoridades políticas "estão atentas a não conceder espaços públicos às religiões, entendidas como ideias de fé meramente individuais dos cidadãos".
O papa acrescentou que, além disso, se tenta aplicar às comunidades religiosas critérios seculares.
"Parece que querem adaptar o Evangelho à cultura e tentam impedir que a cultura mergulhe na dimensão religiosa", assinalou.
Bento XVI assegurou que a edificação da casa comum europeia "só será possível se a Europa estiver consciente de suas raízes".
O Pontífice advogou por uma política "equilibrada" dos Governos para as famílias, assinalando que a ordem social encontra "um apoio essencial no casamento entre um homem e uma mulher, que está dirigido também à procriação".
"Por isso, o casamento e a família necessitam uma tutela particular por parte do Estado", ressaltou o papa. EFE