Bruxelas, 8 mai (EFE).- O primeiro-ministro grego, Giorgos
Papandreou, disse hoje que a reunião extraordinária dos membros da
União Europeia evidenciou que os problemas da zona do euro não estão
relacionados apenas a Grécia, mas a todos os países da moeda única.
Os líderes das 16 nações acordaram esta noite em Bruxelas em
iniciar de maneira imediata um mecanismo de estabilização financeira
que faça uso de "todos os meios" à disposição das instituições
comunitárias e aprovaram formalmente o pacote de ajuda à Grécia.
O primeiro-ministro assegurou que esta decisão prova que os
países-membros estão decididos a trabalhar juntos para assegurar a
estabilidade da zona do euro e da moeda única, assim como para não
permitir que os especuladores ataquem o euro.
"Precisamos defender os países da zona do euro", reivindicou
Papandreou, para quem os problemas da zona da moeda única europeia
têm a ver com a forma como está funcionando, e não só com as
dificuldades que a Grécia atravessa.
Papandreou também disse que com a decisão atingida nesta reunião,
os países que compartilham o euro demonstraram que apóiam o país
"nestes momentos difíceis".
Além disso, afirmou que, em poucos dias, a Grécia receberá as
primeiras parte da ajuda - que compreende um total de 110 bilhões de
euros em empréstimos do FMI e dos países da zona do euro -,
permitindo implementar o programa de estabilização da economia
grega.
Papandreou assegurou que a Grécia prova a cada dia, há sete
meses, que está realmente decidida a fazer as reformas necessárias
para reduzir o déficit e controlar a dívida pública, assim como para
tornar a economia do país competitiva, de confiança, transparente e
com empregos.
Ressaltou que o país está adotando medidas muito duras, decisões
que, afirmou, estão sendo tomadas pela Grécia e pelo resto da
Europa. EFE