Redação Central, 16 fev (EFE).- O Grupo dos Vinte (G20, formado pelos países mais ricos e os principais emergentes) afirmou que os maiores riscos para a recuperação mundial são a alta dos preços das matérias-primas, o potencial superaquecimento das economias emergentes e os problemas de dívida soberana nas nações mais ricas.
Estas preocupações devem ser combatidas com cortes orçamentários, uma maior liberdade das taxas de câmbio e reformas estruturais, segundo a primeira minuta do comunicado que se tornará público no próximo sábado na reunião de ministros de Finanças do G20 em Paris.
No encontro será acordado um "número limitado" de indicadores para medir os grandes desequilíbrios econômicos, embora ainda não esteja decidido quais serão estes indicadores.
Além disso, o G20 prometerá "uma ação coordenada das políticas" para garantir "um crescimento sustentável e equilibrado" da economia mundial, cuja recuperação "avança em linha" com as expectativas do grupo, "mas continua sendo desigual", acrescenta a minuta.
"Embora a maioria das economias avançadas esteja experimentando um crescimento modesto e persista um alto índice de desemprego, as economias emergentes estão vivendo um crescimento mais robusto e algumas delas, inclusive, sinais de superaquecimento", diz o texto.
Para o G20, outros riscos são "as tensões nos mercados de dívida soberana das economias avançadas e as pressões inflacionárias".
Além disso, o encarecimento das matérias-primas "aumentou a preocupação com a sustentabilidade do crescimento e a segurança alimentícia", acrescentou. EFE