Paris, 27 jan (EFE).- O presidente da Uefa, Michel Platini, se opõe à ideia do presidente do Barcelona, Sandro Rosell, que a entidade máxima do futebol europeu pague os jogadores durante a Eurocopa, mas aceitou que os clubes recebam uma parte do lucro da competição.
"Não pagaremos os jogadores convocados pelas seleções nacionais durante a Eurocopa. No entanto, é normal que os clubes que colocam seus jogadores à disposição para a competição obtenham uma indenização do lucro da competição", disse Platini em entrevista publicada pelo jornal "Le Monde".
O presidente da Uefa alertou sobre o risco que o futebol europeu corre pelo aumento do endividamento dos clubes, que cresceu 33% em 2011, até 1,6 bilhão de euros.
"A situação é alarmante", considerou o francês, que considerou que sua proposta de fair play financeiro é uma forma de "salvar o futebol".
"É evidente que se as regras comerciais que se aplicam a outras empresas comerciais se aplicassem ao futebol, há muito tempo que o futebol estaria quebrado", lembrou Platini, que destacou que há equipes que dedicam mais de 100% de seu orçamento para pagar o salário dos jogadores.
"Com o fair play financeiro, os clubes sabem que, a partir de agora, há algumas regras que devem ser respeitadas. E sabem que podem ser punidos a partir de 2013", acrescentou. Essas punições, ainda de acordo com o presidente da Uefa, podem variar de proibição de contratações até exclusão de torneios continentais.
Graças a esse novo sistema, os clubes são obrigados a limitar o salário de seus jogadores para que o total não ultrapasse 60% do orçamento. EFE