Estrasburgo (França), 11 mar (EFE).- O Parlamento Europeu, por
meio de uma resolução apoiada por quase todos os deputados da
instituição, condenou hoje a morte do opositor cubano Orlando Zapata
e exigiu a libertação "imediata e incondicional de todos os presos
políticos" da ilha.
O texto, aprovado com 509 votos a favor, 30 contra e 14
abstenções, endurece os termos que a Eurocâmara costuma usar com o
regime castrista e "lamenta a ausência de todo gesto significativo"
de Havana em relação aos apelos da comunidade internacional sobre o
respeito às liberdades e aos direitos fundamentais.
A resolução pede ainda à UE que intensifique seu diálogo com a
oposição e estimule, "sem reservas, o início de um processo pacífico
de transição política para uma democracia pluripartidarista em
Cuba".
O texto aprovado hoje foi negociado ao longo desta semana por
todos os partidos representados no Parlamento Europeu, com exceção
da Esquerda Unitária Europeia, que apresentou um documento
alternativo defendendo a normalização das relações da União Europeia
(UE) com Havana.
A resolução apoiada pelos eurodeputados começa condenando "com
firmeza a evitável e cruel morte" de Zapata após sua greve de fome,
além da "detenção preventiva de ativistas e a tentativa do Governo
de impedir a família de realizar um funeral".
Em outro trecho, o texto volta a pedir ao regime castrista a
"libertação imediata e incondicional de todos os prisioneiros
políticos e de consciência".
Além disso, expressa o apoio do Parlamento Europeu ao povo cubano
"em seu avanço rumo à democracia e ao respeito às liberdades
fundamentais". EFE