Bruxelas, 25 jan (EFE).- Políticos europeus e americanos reivindicaram nesta terça-feira mais dureza com o regime iraniano para frear as intenções do país de obter armas nucleares.
No marco de uma conferência internacional realizada nesta terça-feira em Bruxelas, políticos discutiram sobre o programa nuclear iraniano três dias depois que as negociações entre Irã e o Grupo 5+1 - EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha - terminaram sem acordo em Istambul (Turquia).
O general James Jones, ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, defendeu o papel da Administração americana nas negociações e se referiu às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, que qualificou como "as maiores já impostas" a um Estado, e que, segundo ele, pressionarão Teerã.
Por sua vez, o ex-embaixador dos EUA nas Nações Unidas Bill Richardson afirmou que, apesar de "o Governo iraniano não ter levado as negociações a sério, é preciso continuar com o diálogo e a diplomacia".
Já o ex-embaixador dos EUA na ONU John Bolton e o ex-procurador-geral americano Michael Mukasey (ambos membros do Governo de George W. Bush) ressaltaram que o Irã não tem a intenção de chegar a um acordo porque quer desenvolver armas nucleares e que as sanções não funcionaram no passado.
Na mesma linha se manifestou o eurodeputado espanhol Alejo Vidal-Quadras, quem afirmou que a via diplomática seguida até agora "não funciona", já que atualmente o Irã está "mais perto" de fabricar armas atômicas.
Além de Vidal-Quadras, outros eurodeputados e parlamentares de vários países da União Europeia (UE) participaram do ato para reivindicar o fim das negociações.
No entanto, houve unanimidade entre os presentes na hora de pedir ao Governo americano que siga o exemplo da UE e exclua de sua lista de grupos terroristas a Organização dos Mujahedins do Povo do Irã, o principal grupo de oposição no país.
Os presentes também criticaram a situação do campo de refugiados iranianos de Ashraf, no Iraque, onde se encontra a sede da organização.
Tanto a resistência iraniana quanto organizações que lutam pelos humanos, como a Anistia Internacional (AI), denunciaram ataques das Forças de Segurança iraquianas aos civis residentes no campo com o consentimento das autoridades do país. EFE