Investing.com – Após discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) no simpósio anual de Bancos Centrais em Jackson Hole indicando que estaria na hora de cortar os juros, o mercado entendeu a mensagem como uma consolidação da expectativa de um início do ciclo de flexibilização em setembro. Essa precificação, segundo o economista Robin Brooks, é uma boa notícia para todas as moedas latinoamericanas.
Brooks é membro sênior do The Brookings Institution, ex-economista-chefe do Institute of International Finance (IIF), ex-economista sênior do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-estrategista do banco Goldman Sachs (NYSE:GS).
“A velocidade com que os mercados começaram a precificar cortes de taxas para o Fed é uma boa notícia para todas as moedas da América Latina”, destacou Brooks em publicação no X (ex-Twitter).
“Em todos os casos, o diferencial de taxa de 12 meses atingiu o fundo, após cair bastante no ano passado, especialmente para o Brasil. Um vento favorável para as moedas da América Latina”, completou o economista.
No final de julho, Brooks havia dito que o Brasil estaria “de volta ao fundo do pelotão” após o real ter apresentado uma das piores performances do ano na comparação com as de outros mercados emergentes.
Nesta segunda-feira, 26, o dólar estava praticamente estável frente ao real, com alta de 0,04%, a R$5,4885. Economistas consultados pelo Banco Central no Boletim Focus estimam que a moeda americana termine este ano em R$5,32, patamar semelhante para o projetado para 2025, em R$5,30.