Brasília, 3 jan (EFE).- O novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, estabeleceu nesta segunda-feira como prioridade o combate à inflação, que fechou 2010 situada em torno de 6% e que, em sua opinião, deve cair pelo menos pela metade.
Na cerimônia em que a recebeu o cargo formalmente das mãos de seu antecessor, Henrique Meirelles, Tombini sustentou que a taxa de inflação do Brasil deve ser levada aos mesmos níveis de grandes economias emergentes, que é próxima a 3%.
"A manutenção do poder de compra é permanente, que recai sobre todo o governo, mas principalmente sobre o BC. O crescimento sustentado só pode ser atingido com inflação baixa, que assegura investimentos que geram empregos e renda", declarou Tombini.
O Brasil trabalha com um sistema de metas de inflação que para os anos de 2011 e 2012 já prevê uma taxa de 4,5%, com uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
No entanto, Tombini disse é que necessário "ter a ambição de perseguir no futuro" e deu a entender que, em junho, quando deverá fixar a meta de inflação para 2013, poderia impor um objetivo menor.
As metas de inflação têm uma relação direta com as taxas básicas de juros, que o Banco Central regula em função dos objetivos traçados pelo Governo.
Tombini assinalou que, nesse sentido, outra das metas do Banco Central será criar as condições necessárias para que se possa avançar para uma gradual redução da taxa básica de juros, que se situa atualmente em 10,75% ao ano, considerado elevado pelo próprio Governo.
O novo presidente do Banco Central se comprometeu, além disso, com a manutenção do sistema de câmbio flutuante, sem nenhum tipo de intervenções oficiais, pois permitiu "coordenar melhor as expectativas e absorver os choques com custos menores para a sociedade". EFE