Praga, 28 mai (EFE).- Com uma participação mais alta que a
registrada nas últimas eleições, os cidadãos da República Tcheca
acudiram hoje ao primeiro dos dois dias de votação para escolher o
Parlamento do qual sairá o novo Governo do país.
Mais de oito milhões de cidadãos estão habilitados para votar em
uma eleição em que as pesquisas dão como favorito o Partido
Social-Democrata (CSSD) com 25% dos votos, embora sem o apoio
suficiente para governar sozinho.
Espera-se que este primeiro dia de votação ultrapasse com folga a
participação registrada nas eleições regionais de outubro de 2008,
de 40,3%.
Os colégios eleitorais, que fecham hoje às 22h local, voltarão a
abrir suas portas amanhã entre às 8h local (3h, Brasília) e às 14h
(9h, Brasília).
A expectativa é que as eleições tirem o país da situação complexa
em que ficou após a queda do Governo do conservador Mirek Topolanek
durante a Presidência rotatória da União Europeia (UE).
A votação acontece após um ano do Governo de tecnocratas,
liderado por Jan Fischer, que apesar do pouco espaço de manobra se
transformou em um dos líderes mais populares do país.
Fischer foi o encarregado de assumir as rédeas do poder por causa
da moção de censura que acabou com o Gabinete de Topolanek, no meio
do semestre em que Praga presidia a UE.
Após se despedir dos legisladores, Fischer passará o próximo
outono (boreal) na Vice-Presidência do Banco Europeu para a
Reconstrução e o Desenvolvimento (Berd).
Apenas seis ou sete os partidos têm possibilidades de superar o
mínimo dos 5% dos votos requeridos para entrar na Câmara:
social-democratas, conservadores (ODS), comunistas (KSCM),
conservadores liberais (TOP 09), "Coisa Pública" (Veci Verejne),
democratas-cristãos (KDU-CSL) e os verdes (SZ).
Tanto o CSSD, pra quem as pesquisas dão 25% dos votos, como o
ODS, com 18%, dedicaram boa parte de suas energias para
desqualificar os oponentes perante a opinião pública, e fizeram da
"anticampanha" um imperativo.
Esta situação favoreceu, sobretudo, o TOP 09 e o "Veci Verejne"
(Coisa Pública), que nas pesquisam superam os 10% das intenções de
voto. EFE