Londres, 14 jun (EFE).- Os diretores das maiores petrolíferas do
mundo afirmarão amanhã no Congresso americano que o vazamento
ocorrido no Golfo do México poderia ter sido evitado,
distanciando-se assim em público pela primeira vez da British
Petroleum (BP).
Segundo soube o "Financial Times", os diretores de Exxon Mobil,
Shell, Chevron e ConocoPhillips dirão que se forem seguidas as
"melhores práticas" do setor podem ser evitados acidentes ecológicos
como o da plataforma Deepwater Horizon.
Os grandes grupos petrolíferos querem aproveitar seu testemunho
perante uma subcomissão de Energia e Comércio da Câmara de
Representantes, para justificar os trabalhos de prospecção em águas
profundas do Golfo.
O Governo impôs uma moratória de seis meses a essas atividades
desde que aconteceu o derrame, e muitos na indústria temem que as
autoridades decidam ampliá-la.
Os executivos das petrolíferas responderão também às críticas no
sentido de que a indústria não estava preparada para um desastre de
tal magnitude, tendo em vista que o vazamento ainda não pôde ser
contido.
Segundo o jornal britânico ficou sabendo de fontes das empresas
que vão testemunhar perante o Congresso americano seus diretores
querem transmitir a mensagem que o acidente poderia ter sido
evitado.
As petrolíferas asseguram que planos de perfuração contam com
sistemas redundantes que permitem fazer o melhor acompanhamento das
pressões nos poços e que também seguem as operações em tempo real de
terra para detectar qualquer problema que possa surgir.
Os poços têm também múltiplas barreiras para o caso de acontecer
algum acidente, mas não está ainda claro se BP tinha aplicado todas
essas salvaguardas. EFE