Por Huizhong Wu e Hallie Gu
PEQUIM (Reuters) - As reservas cambiais da China caíram mais que o esperado em setembro, apesar de o iuan se recuperar de sua maior queda mensal em 25 anos em agosto, em meio a um resfriamento da economia doméstica e crescentes tensões comerciais entre China e Estados Unidos.
As reservas cambiais do país, as maiores do mundo, caíram 14,8 bilhões de dólares em setembro, indo para 3,092 trilhões de dólares, de acordo com dados deste domingo da reguladora de câmbio do país.
Economistas consultados pela Reuters haviam esperado que as reservas caíssem em 6 bilhões de dólares em relação a agosto, indo a 3,101 trilhões.
A queda em setembro aconteceu devido a flutuações nas taxas de câmbio e no preço de ativos, afirmou a reguladora em comunicado após a divulgação dos dados.
Olhando para frente, incertezas no ambiente internacional econômico e financeiro irão aumentar, com desaceleração da economia global, e protecionismo comercial e unilateralismo em crescimento, de acordo com o comunicado. A volatilidade nos mercados financeiros internacionais irá aumentar.
A China tem sido capaz de manter fluxo de capitais sob controle ao longo do último ano, apesar de uma crescente guerra comercial com os EUA e enfraquecimento do crescimento econômico.
Reservas se recuperaram de uma baixa em outubro de 2018 graças a controles de capital e crescentes investimentos estrangeiros em ações e títulos chineses.
(Reportagem de Huizhong Wu, Hallie Gu and Judy Hua)