Cairo, 14 ago (EFE).- As novas restrições impostas pelas
autoridades do Egito para a peregrinação a Meca, em virtude da nova
gripe, impedirão a viagem de 150 mil muçulmanos egípcios, segundo
cálculos da indústria do turismo local.
Centenas de milhares de muçulmanos de todo o mundo participam do
mês do Ramadã, que começará na próxima semana, em uma peregrinação
menor a Meca, na Arábia Saudita, em comparação com a que acontecerá
em novembro.
O Governo egípcio anunciou na quarta-feira que, para evitar um
maior contágio da gripe, proibia a partir de então a venda de
passagens de avião para a pequena peregrinação, a Umrah.
Fora isso, pessoas com idades entre 25 e 65 anos não poderão
fazer a viagem por vias terrestres ou fluviais.
"As novas restrições equivalem a uma catástrofe", afirmou em
comunicado publicado hoje o porta-voz da União de Câmaras de Turismo
do Egito, Seif al-Amari.
Segundo o porta-voz do setor, as restrições oficiais para viajar
a Meca são "provocativas" e "levarão à ruína do negócio".
A cada ano, cerca de 200 mil egípcios participam da Umrah, a
maioria durante o mês do Ramadã, enquanto para a grande peregrinação
(Hajj) viajam entre 60 e 70 mil, levando em conta a cota fixada para
o país.
A pequena peregrinação pode ser feita em qualquer momento e sem
cotas nacionais que levem em conta a população de cada país, mas os
muçulmanos preferem o mês sagrado do Ramadã para realizar a Umrah.
A Arábia Saudita é o país da região com o maior número de casos
da gripe, cerca de 600. Segundo o último dado oficial, 11 pessoas
morreram pela doença, algumas delas peregrinos que estiveram em
Meca.
O Egito informou até gora sobre cerca de 300 casos, com apenas
uma morte. EFE