Bucareste, 11 mai (EFE).- A Romênia fechará até final do ano 150
hospitais públicos considerados ineficientes, dentro da política
imposta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para conter o
déficit público e deixá-lo abaixo de 6,8% no fim do ano.
A imprensa local informou hoje que a medida foi proposta pelo
Governo ao FMI em sua carta de intenções para receber os 900 milhões
de euros da quinta partida de crédito de 12,950 bilhões de euros
pactuado no ano passado.
Com esse corte, o já precário e insuficiente sistema de saúde
romeno perderá até 9,2 mil leitos.
Nesse sentido, o presidente da associação nacional para a
proteção do paciente, Vasile Barbu, declarou à Efe que a medida "é
uma aberração" e advertiu que muitos pacientes ficarão sem
atendimento.
"Não poderão ser internados porque já nas atuais circunstâncias
há hospitais onde dois pacientes ocupam o mesmo leito", explicou
Barbu.
A notícia surge em um momento de duros cortes para o país, junto
à Bulgária, país mais pobre da União Europeia.
Na última segunda-feira, o FMI finalizou uma visita a Bucareste
para avaliar o cumprimento das reformas estipuladas quando da
assinatura do empréstimo, algo indispensável para que o país siga
recebendo dinheiro.
Durante a missão, o presidente romeno, Traian Basescu, anunciou
uma drástica redução de salários (25%) e pensões (15%), e o FMI
revisou para baixo sua previsão de crescimento, que poderia voltar a
ser negativa em 2010.
Em 2009, Romênia contratou um empréstimo de resgate externo de 20
bilhões de euros do FMI, a União Europeia e o Banco Mundial, entre
outras instituições internacionais. EFE