Bogotá, 15 jan (EFE).- As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) compravam armas, especialmente fuzis, nas fronteiras da Colômbia com a Venezuela, Brasil, Equador e Peru, revelou neste sábado o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, durante uma visita oficial ao departamento de Risaralda.
O governante disse que essas transações aparecem detalhadas em vários e-mails encontrados nos computadores de "Mono Jojoy", chefe militar das Farc morto no final de setembro em um bombardeio à sua base nas florestas do sul do país.
O presidente colombiano explicou que a compra de armas e munição por parte do grupo rebelde era paga com ouro extraído ilegalmente e que se constituiu em uma nova fonte de financiamento das Farc.
Santos afirmou que a partir de 2008, a principal área de aquisição de artefatos de guerrilha estava localizada nas fronteiras da Colômbia com o Equador, Venezuela, Brasil e Peru.
Um e-mail datado de março de 2010, assinado por Milton de Jesús Toncel Redondo, conhecido como "Joaquín Gómez", assinala: "Mandamos (gente) ao Peru para buscar contato para a compra de material de guerra".
E continua: "Abrimos uma pequena brecha, com possibilidade de ir ampliando. Estão nos vendendo 50 fuzis". EFE