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Seca histórica deve afetar novamente exportação argentina de grãos no próximo ano

Publicado 12.08.2021, 13:00
Atualizado 12.08.2021, 13:05
© Reuters. Porto no rio Paraná, perto de Rosário, Argentina
31/1/2017 REUTERS/Marcos Brindicci

© Reuters. Porto no rio Paraná, perto de Rosário, Argentina 31/1/2017 REUTERS/Marcos Brindicci

Por Hugh Bronstein e Maximilian Heath

BUENOS AIRES (Reuters) - Uma seca que ocorre uma vez a cada século reduziu o nível de água do principal canal de transporte de grãos da Argentina, reduzindo as exportações agrícolas e aumentando os custos de logística, enquanto meteorologistas dizem que provavelmente isso continuará no próximo ano.

O país sul-americano é o terceiro maior fornecedor de milho do mundo e maior exportador de farelo de soja, enquanto as exportações agrícolas são chave para gerar divisas na Argentina, país minado por três anos de recessão.

O Rio Paraná, com origem no Brasil, foi atingido por seca nos últimos três anos. Isso reduziu os níveis de água no polo portuário argentino de Rosário, na província de Santa Fé, onde cerca de 80% das exportações agrícolas do país são carregadas.

"Trata-se de um evento que ocorre uma vez em cem anos. Esse é o tipo de frequência que estamos olhando", disse Isaac Hankes, um analista meteorológico da Refinitiv.

Na segunda-feira, o relatório do painel do clima das Nações Unidas apontou que a mudança climática está tornando os eventos climáticos extremos mais comuns.

Um meteorologista disse à Reuters que a situação poderia "piorar ainda mais depois da estação chuvosa", que geralmente começa no final de setembro.

Os navios que partem de Rosário estão carregando 18% a 25% menos carga do que o normal devido ao baixo nível do rio, disse Guillermo Wade, gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas da Argentina.

Os custos de logística estão aumentando à medida que mais soja e milho devem ser transportados de caminhão para os portos atlânticos de Bahia Blanca e Necochea, no sul da província de Buenos Aires, onde os navios fazem uma parada final para completar a carga antes de sair para o mar.

"Precisaríamos de algo como 130% da precipitação normal entre agora e fevereiro para reabastecer os níveis dos rios. Algo menor que 100% seria uma má notícia para a bacia do rio, e entre agora e fevereiro esperamos talvez 80% do normal de chuva", disse Hankes.

"Esperamos ver uma tendência mais úmida assim que entrarmos em outubro e novembro, que normalmente seria mais úmido. Mas, depois disso, nossas melhores indicações agora são que podemos ver um padrão semelhante ao do último ano", acrescentou Hankes.

A primavera geralmente chuvosa do hemisfério sul começa em setembro e termina em dezembro. Mas o próximo aumento do nível da água deve apenas ajudar temporariamente o Rio Paraná.

"Pode até piorar após a estação das chuvas", disse German Heinzenknecht, meteorologista da consultoria Applied Climatologia.

"Este nível raso do curso d'água é histórico, e é difícil prever quando poderá ser revertido ", acrescentou Heinzenknecht.

© Reuters. Porto no rio Paraná, perto de Rosário, Argentina
31/1/2017 REUTERS/Marcos Brindicci

Um importante executivo argentino de uma empresa internacional de grãos com grande operação de esmagamento em Rosário concordou que a crise do Paraná provavelmente continuará no ano que vem.

O executivo pediu para não ser identificado, conforme política da empresa.

"A situação continuará crítica até outubro, melhorando no final do quarto trimestre e no primeiro trimestre. Mas a partir de abril em diante, quando a colheita de soja e milho da Argentina começa, e o maior número de navios de carga são esperados, o rio em Rosário estará de volta a um cenário semelhante ao de 2021", afirmou.

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