Tóquio, 22 mar (EFE).- A empresa japonesa Sony anunciou nesta terça-feira que decidiu suspender temporariamente a produção em cinco de suas fábricas no Japão diante da falta de componentes após o terremoto que sacudiu o nordeste do país no dia 11 de março.
As fábricas, nas quais a Sony produz câmeras, telefones celulares, telas planas, microfones e outros equipamentos audiovisuais, ficarão paralisadas pelo menos até 31 de março.
Todas elas estão situadas longe das províncias afetadas pelo terremoto (em Shizuoka, Aichi, Gifu e Oita) e não sofreram danos, mas sofrem com a escassez de material após a paralisação de outras sete fábricas da Sony na região de Tokohu por causa do desastre.
A multinacional japonesa não descarta transferir temporariamente uma parte da produção para fora do Japão se seguir a escassez de componentes, segundo informou a agência local "Kyodo".
Nesta terça-feira, a Sony anunciou o reinício das operações em sua fábrica de baterias em Shimotsuke, ao norte de Tóquio, que haviam sido suspensas após o terremoto de 9 graus na escala Richter e o posterior tsunami, que deixaram mais de nove mil mortos e 12.600 desaparecidos, segundo o último boletim policial.
As sete fábricas da Sony na região de Tohoku e na província de Ibaraki seguem paralisadas sem que se tenha decidido quando a produção será retomada.
O mesmo acontece com as fábricas de outros grandes grupos japoneses, como a Toyota, que após o terremoto anunciou a suspensão da produção de veículos no Japão pelo menos até esta terça-feira, para quando está previsto que anuncie se prorrogará a paralisação.
A Nissan, por sua vez, já reiniciou a produção de componentes em seis de suas fábricas nas províncias de Tochigi, Kanagawa e Fukuoka - que não ficaram danificadas pelo terremoto -, embora tenha anunciado a suspensão até quinta-feira da produção de veículos.
A Honda mantém paralisada até a quarta-feira a produção em três de suas fábricas de veículos (Sayama, Saitama e Suzuka) e em uma de motocicletas (Kumamoto), enquanto considerará sua eventual reabertura em função da disponibilidade de autopeças. EFE