📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Soros prevê alta de juros e vê China como grande vencedora na crise

Publicado 30.06.2009, 13:40

Nova York, 30 jun (EFE).- O multimilionário investidor George Soros previu hoje que o temor da inflação elevará as taxas de juros e prejudicará o crescimento, após a economia ter se recuperado de uma crise da qual China será a grande beneficiada.

"O medo de que a inflação dispare forçará o Federal Reserve (Fed, banco central americano) a aumentar os juros, o que reprimirá o crescimento e levará à 'estanflação' (combinação de estancamento econômico e altos preços)", disse hoje Soros, em um fórum organizado em Nova York pelo diário "The Wall Street Journal" e a escola de negócios Iese.

No entanto, essa opção é "a melhor", pois "a alternativa seria uma deflação, que só pioraria o arrasador peso de nossa dívida", disse Soros, convencido de que a economia crescerá "a tropeções", alternando avanços e paradas.

"Embora o pior da recessão já tenha passado, tantos anos de excessos requerem um tempo para se recuperar", afirmou o investidor, sem se atrever a indicar o quanto se dilatará esse processo, já que, acrescentou com humor, "minha teoria é que o futuro é imprevisível".

Para Soros, a situação econômica atual é "um copo que pode ser visto meio cheio e meio vazio, por isso, não é o momento de ter uma firme convicção de nada" ao investir.

O grande erro que se cometeu com a bolha financeira foi, segundo ele, crer que os mercados poderiam regular sozinhos a situação.

"As bolhas não podem ser prevenidas, mas é possível controlar seu crescimento", segundo Soros, e para isso defendeu um papel mais ativo dos reguladores, tentando sempre que estes mantenham sua independência das forças políticas.

O conhecido investidor lembrou que, "nos velhos tempos, o banco central enviava cartas às entidades dizendo que não se investisse mais no mercado imobiliário, porque estava muito inflado, ou recomendações desse estilo. Isso é o que se precisa agora".

"Não se pode esperar dos partícipes que resistam a uma bolha, o previsível é que se incorporem a ela, portanto, é necessária uma força externa - a regulação - que contrabalance essa atração", explicou.

Nesse sentido, deu como exemplo a China e seu "capitalismo de Estado", que permitiu que seu sistema financeiro tenha ficado "praticamente intacto" com a crise internacional.

"Vejo a China como grande beneficiada da queda do sistema financeiro internacional", já que "não temem a nacionalização dos bancos, porque já estão naturalizados", e "estimulam suas exportações financiando as mesmas", ao mesmo tempo em que "suspeito que estão diversificando suas reservas em moeda estrangeiras e apostando em matérias-primas".

Soros, que disse que ele também investiria em bens tangíveis, mais que em moeda estrangeira, concluiu que "o poder e a influência da China aumentará muito mais rápido do que se achava".

A respeito do trabalho da Administração do presidente dos EUA, Barack Obama, o conhecido investidor resumiu que, em geral, está fazendo "muito bem, mas algo menos que perfeito", já que falha precisamente no processo de recapitalização dos bancos, onde "o Tesouro deveria ser o assegurador, não o que coloca o dinheiro". EFE

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.