Rio de Janeiro, 3 ago (EFE).- O Brasil registrou em julho um
superávit na balança comercial de US$ 2,928 bilhões, uma queda de
12,4% frente ao mesmo mês do ano passado, informou hoje o Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O saldo positivo na balança em julho foi 42,2% inferior ao de
junho deste ano (quando foi de US$ 4,625 bilhões) e apenas o
terceiro maior valor mensal em 2009, segundo os dados.
O superávit de julho foi resultado de exportações no valor de US$
14,143 bilhões e importações de US$ 11,215 bilhões.
O Brasil acumulou nos sete primeiros meses do ano um superávit em
sua balança comercial de US$ 16,913 bilhões, diante dos US$ 14,63
bilhões do mesmo período de 2008.
O superávit acumulado foi produto de exportações no valor de US$
84,095 bilhões e importações de US$ 67,182 bilhões nos sete
primeiros meses do ano.
No mesmo período de 2008, as exportações no acumulado do ano
tinham ficado em US$ 111,095 bilhões, enquanto as importações foram
de US$ 96,465 bilhões.
Os números confirmam que o aumento do superávit comercial
brasileiro em meio à crise global foi provocado, principalmente,
pela forte redução das importações, que ficaram mais caras, já que o
dólar está mais valorizado este ano em relação a 2008.
As indústrias brasileiras, atingidas pela queda da demanda
mundial, também reduziram significativamente suas compras externas.
As exportações também caíram este ano em consequência da crise,
mas a um ritmo inferior ao das importações.
Os economistas dos bancos privados consultados na semana passada
pelo Banco Central preveem que o Brasil fechará este ano com um
superávit na balança comercial de US$ 23,1 bilhões, próximo aos US$
24,7 bilhões de 2008.
A atual previsão é muito superior à que calculavam no início do
ano, quando se esperava um superávit de apenas US$ 16 bilhões para
2009.
Em qualquer dos casos, o saldo positivo este ano ficará longe dos
US$ 40 bilhões acumulados em 2007 e do recorde de US$ 46,456 bilhões
de superávit que o país obteve em 2006. EFE