Rio de Janeiro, 29 jul (EFE).- O Brasil obteve um superávit
primário de R$ 40,105 bilhões no primeiro semestre desse ano, 13,7%
a mais que o mesmo período do ano passado, informou hoje o Banco
Central.
A economia alcançada no primeiro semestre equivale a 2,36% do
Produto Interno Bruto (PIB), a mesma percentagem economizada nos
primeiros seis meses de 2009, quando o superávit foi de R$ 35,255
bilhões.
O superávit primário equivale à diferença entre as entradas e as
despesas de todo o setor público (incluindo empresas estatais e
administrações regionais e municipais), sem levar em conta os
recursos destinados ao pagamento de juros de dívida.
Para este ano, o Governo impôs como meta alcançar um superávit
primário equivalente a 3,3% do PIB como garantia de que contará com
recursos para responder com suas obrigações financeiras.
O superávit alcançado até metade de ano, no entanto, ainda está
na meta (3,3% do PIB), inclusive porque a economia dos últimos 12
meses (R$ 69,386 bilhões) equivale a 2,07% do PIB.
A meta anual até 2008 era uma economia equivalente a 4,5% do PIB,
mas essa percentagem teve que ser reduzida no ano passado frente à
decisão do Governo de aumentar os gastos públicos e reduzir os
impostos para fazer frente à crise mundial.
Segundo o Banco Central, para o superávit semestral contribuíram
principalmente o Governo central, com uma economia de R$ 24,767
bilhões, e os municipais e regionais, já que as estatais registraram
um déficit de R$ 621 milhões.
Como o Governo destinou R$ 91,334 bilhões para o pagamento dos
juros de dívida no primeiro semestre, as contas públicas
consolidadas do Estado registraram no período um déficit nominal (já
incluído no pagamento de juros) de R$ 51,229 bilhões.
O saldo negativo do primeiro semestre, equivalente a 3,02% do
PIB, superou o do mesmo período do ano passado (R$ 43,682 bilhões),
que equivalia a 2,92% do PIB.
O Banco Central informou igualmente que a dívida pública líquida
do Brasil até junho foi de R$ 1,385 trilhões (R$ 786,932 bilhões),
equivalente a 41,4% do PIB, a mesma percentagem que estava em março.
EFE